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Doeu de dar dó essa infeliz derrota.

Torcida presente em Porto Feliz

O triste apito final em Porto Feliz encerrou o ano histórico, que não teve o desfecho esperado. Foi dolorido, sabíamos que nada seria fácil, mas passamos a ter certeza de que tudo daria certo, pela forma como as coisas estavam acontecendo. Há derrotas que nos conformamos por reconhecer a superioridade da outra equipe, outras irritam pela falta de vontade, mas as que mais machucam são aquelas que  fazem pensar que tudo poderia ter sido diferente, se não fossem pequenos detalhes, como os gols perdidos pelo XV em Jaú no Zezinho Magalhães e os gols bobos tomados nos dois jogos contra o De$portivo Brasil.

Paciência, coisas do futebol, porém derrotas como essas são as piores, ainda mais se lembrarmos que o XV subiria de divisão, se o regulamento do ano passado fosse mantido.

Vai dar uma “ressaca” pensar que um ano tão histórico não terminou da maneira tão desejada.

Vai doer e muito, quando nas próximas semanas a torcida imaginar que a equipe poderia estar disputando as finais, fazendo a festa do acesso em casa. Vai ser difícil esperar mais um ano para sair dessa divisão obscura, jogando contra times que beiram o amadorismo, é um golpe duro aguentar por mais uma temporada esse longo e extenuante campeonato, sem saber como será o final.

Por mais confiança da torcida e estrutura que o time tem para sair da última divisão no próximo ano, é também desesperador estar na parte mais baixa do futebol paulista, em que é necessário montar um bom time sub – 23 para brigar pelo acesso.

Quando passamos por dificuldades é difícil ficar totalmente otimista, às vezes é chato ter que começar tudo novamente. Não vai ser fácil quando a bola rolar no próximo ano e lembrarmos que o time teve a chance de estar em um lugar melhor, aliás, menos pior.

site torcida Dá raiva, muita raiva, ver que a atuação das arbitragens foi crucial nos resultados dos jogos decisivos, não que seja o único fator das derrotas, porém poderia ter sido diferente se os homens do apito não fizessem um serviço tão porco.

É cruel ver a chama da euforia acesa durante toda a competição, sendo apagada em 180 minutos por um time que ninguém se importa. Um representante do futebol moderno, com mais objetivos financeiros do que garra e paixão, os verdadeiros sentimentos do futebol.

Se o peso da camisa e a força da torcida entraram em campo nos outros jogos, dessa vez esses fatores não foram suficientes na partida derradeira.

É um assunto complicado, nenhum clube merecia mais do que o XV, mas tenho que admitir que o futebol é apaixonante exatamente por essas injustiças e os resultados surpreendentes.

O fato que nem sempre a equipe que merece vencer vence. Infelizmente não foi dessa vez. Coisas do futebol. Dói notar que não faltou raça, aliás, essa semana ouvi um áudio dizendo que o XV entregou o jogo, achei um negócio ridículo, QUEM ACOMPANHOU VIU QUE NÃO FALTOU COMPROMETIMENTO. Quem não assistiu aos jogos, não deveria espalhar esse tipo de coisa.

Apesar de tudo, é necessário manter a cabeça erguida senhores! Não se arrepender de ter tomado chuva, sol da 10h na cara, mesmo sem o acesso.

Vamos se orgulhar de sermos quizeanos e fazer algo que nenhum outro time no Brasil fez: colocar quase 10 mil pessoas no estádio, em um torneio da última divisão. Tenho orgulho de participar dessa torcida e fazer o país enxergar a força futebolística do interior. Nesse ano o XV ganhou muitos torcedores para o futuro. Em um lugar que para muitos seria o ostracismo, o galo se redescobriu, se reinventou e conseguiu ser destaque na imprensa, mostrou que paixão não se compra em lugar nenhum, nem em Jaú, nem em Porto Feliz, e nem na China. Não há do que se envergonhar, pelo contrário.  Futebol ainda é tradição e não tem preço a alegria das crianças que frequentaram o Jauzão durante o campeonato.

Não é hora de xingar tudo, e começar uma “caça às bruxas”, dizendo que nada presta ou procurar culpados como alguns estão fazendo nas rede sociais/antissociais. O silêncio para o sofrimento já basta, silêncio tão grande quanto o que vai ficar no Zezinho Magalhães pelo menos até o próximo ano.

Torcida presente em Porto Feliz
Torcida presente em Porto Feliz

O sofrimento da derrota faz a gente pensar o quanto o clube é importante para nós, que acompanha esse esporte que não lhe dá nada, às vezes mais tira do que dá, mas é através dele que adquirimos grandes memórias com os amigos ou familiares e assim vivemos grandes momentos com essas pessoas, é através do time que criamos parte de nossa identidade, talvez esse esporte tem o poder de unir quem em um dia normal estaria distante.

2017 tá chegando. Passa rápido. Nada muda, nada altera o orgulho, nada muda a grandiosidade da equipe, muito menos a dedicação dos funcionários e torcedores que lutam pelo time. Apesar de alguns oportunistas, no próximo ano a luta de alguns continua para manter o time forte seja em qualquer lugar que estiver. Juntos levarão a equipe de volta !

O XV continuará fazendo história mesmo que seja nos campos mais inóspitos de SP e quem sabe pisando em todos os inimigos imigos r histter o time fortea cidade de Porto Feliz comemorar”o acmprensa, cer a favor ou contr . O time tem camisa, tem história e a arquibancada que o faz mais forte. Pensamento positivo ! A 4ª divisão é uma dimensão menor, mas continuará a atrair os milhares de loucos, que vão seguir chorando,  vibrando e festejando.

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Valeu Jaúclick! Parabéns pela cobertura! Espero continuar como um colaborador do site, falando sobre outros assuntos. Quero agradecer porque os textos do XV alcançaram curtidas e pessoas que eu nem imaginava, acompanhei a maioria dos jogos em Jaú,  cheguei a receber mensagens do pai do jogador Gustavo Vintecinco, tive o prazer de ver o próprio atleta compartilhar um texto meu,  vi o locutor Norival Sandi da Rádio Jauense comentando um dos textos escritos por mim, vi uma quantidade de curtidas que não esperava, recebi mensagem do Eric, membro da Galunáticos que estudava comigo na faculdade de jornalismo das Faculdades Integradas de Jahu e deve ta louco pra saber a tabela do próximo ano, fui elogiado por um dono de um dos bares em frente a faculdade, enfim, foi muito legal, apesar do gosto amargo de tristeza para quem esteve nas arquibancadas nas partidas em Jaú, como eu estive, é mais triste ainda para aqueles que viajaram com o time, não é o meu caso, mas teve gente que topou pegar a estrada para apoiar o time.

Vida que segue pra gente e para os jogadores, nós e eles seguimos a luta diária para subir ou pelo menos se manter na vida de forma digna.

Pra encerrar deixo uma letra da música “Tá Escrito”, do grupo Revelação, acredito que alguns trechos combinam com quem precisa se reerguer como o XV, que se reergueu e continuará se reerguendo. Hora de erguer a cabeça e no ano que vem meter o pé pra mandar a tristeza embora!

“Quem cultiva a semente do amor
Segue em frente não se apavora
Se na vida encontrar dissabor
Vai saber esperar sua hora (2x)
Às vezes a felicidade demora a chegar
Aí é que a gente não pode deixar de sonhar
Guerreiro não foge da luta e não pode correr
Ninguém vai poder atrasar quem nasceu pra vencer
É dia de sol mas o tempo pode fechar
A chuva só vem quando tem que molhar
Na vida é preciso aprender se colhe o bem que plantar
É Deus quem aponta a estrela que tem que brilhar
Erga essa cabeça mete o pé e vai na fé
Manda essa tristeza embora
Basta acreditar que um novo dia vai raiar
Sua hora vai chegar (…)”

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Lucas Souza Dorta

Lucas Dorta é jornalista formado pelas Faculdades Integradas de Jahu. Já foi estagiário no Jornal Nossa Terra e na Agência Experimental de Comunicação da Fundação Educacional Dr. Raul Bauab. Trabalhou na comunicação da Prefeitura Municipal de Mineiros do Tietê e fez serviços freelancers na revista Fatos & Fotos.

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