O torcedor na pele do fotógrafo. Que 2021 seja o ano do acesso

2020 foi o ano que voltei a fotografar os jogos do XV de Jaú. De fato, um privilégio.

(Bruno Creste, Jauclick) Um ano marcado por tantas perdas e incertezas, tanta dor e solidão, estar dentro de um campo de futebol, trabalhando, fazendo o que mais gosto para o time do coração é de fato um grande privilégio.

Já deixo aqui todo meu agradecimento a diretoria do XV de Jaú pela oportunidade. Mas, como gosto muito de futebol e do Galo da Comarca, vou deixar um pouco do que vi presencialmente e com olhos de torcedor.

Fiz um pacto comigo que nesse ano que, por todas as circunstâncias que ESTAMOS vivendo, não iria ser tão rigoroso. Vamos lá!

Por questões dos protocolos de segurança, eu, Agência Only! e a diretoria, optamos pra que eu não frequentasse o clube a não ser em dias de jogos ou algo de extrema necessidade e também não viajaria com o time para jogos fora, mesmo fazendo testes toda semana junto com atletas e comissão técnica. Por isso, não presenciei treinamentos e toda preparação, apenas jogos em Jaú.

Começamos o campeonato de uma forma que nos encheu de esperança. Jogávamos bem e tínhamos jogadores de muita qualidade pra uma quarta divisão. Porém, após as 3 primeiras rodadas, mesmo o time estando invicto, algumas dúvidas foram aparecendo. A torcida e os meios de comunicação começaram a questionar. Pessoalmente, não concordava com essa maioria questionadora. Para mim, o time precisava apenas de tempo para encaixar e trazer o tão sonhado acesso, oxalá o título.

Afinal foram 120 dias parados, coisa que as últimas gerações nunca viu. A ciência do esporte contemporâneo nunca presenciou uma pandemia. Enfim, precisávamos de tempo. Mas tempo é uma palavra dolorida para o torcedor XVano. Não temos mais “saco” pra essa divisão e por isso não suportamos mais essa palavra.

Logo viria uma troca de comissão técnica, chegada de jogadores vindos de clubes de divisões acima. Agora vai! Mais ou menos… rs

Continuamos com um time que parecia que não encaixava. Jogadores lutando, se dedicando, mas não dava a famosa “liga”.

Veio a classificação para o mata-mata daquele jeito, mto sofrimento e emoção. Nesse dia, comecei fotografando no campo e terminei na arquibancada. Um temporal caiu sobre o Zezinho Magalhães. O jogo era decisivo. O XV precisa apenas de um empate pra classificar e eu só pensava “não, esse temporal não pode atrapalhar o XV e nem meu trampo!”. Tive que pensar diferente. Com uma lente 300mm, das cadeiras cativas, o campo alagado…foi adrenalina pura. Ser fotógrafo e torcedor ao mesmo tempo não é para cardíaco.

Enfim, veio a classificação. XV de Jaú no mata-mata.
Faltavam apenas 6 jogos para o tão sonhado acesso. O adversário: Bandeirante de Birigui.

O primeiro jogo em Jaú. Cheguei mais cedo no campo, passei por todos os protocolos que a Federação Paulista exige, arrumei minhas coisas e sentei no meu canto. Antes, fui dar uma volta pelas dependências do clube.

Desde meus 7 anos que frequento jogos do XV de Jaú no Zezinho Magalhães (tenho 37) e nunca, NUNCA vi o Zezinho Magalhães e suas dependência do jeito que está hoje: a coisa mais linda! Todas as reformas feitas, ampliações, reformas do vestiário, alojamentos, ônibus, Centro de formação de atletas (antiga escolinha de futebol), enfim, tudo está maravilhoso. Nesse momento, nesse breve passeio, tive a sensação que a palavra TEMPO não é de nosso poder. O tempo não é nosso, mas a dedicação, a inteligência e o profissionalismo, sim! E é isso que irá mudar nossa história e a história do XV de Jaú. Nesse momento, um pensamento absurdo me passou a cabeça: A torcida do XV de Jaú merece ver esse time campeão, com esse estádio lindo do jeito que tá lotado, enfim, aquela festa maravilhosa que o Galo da comarca merece.

A classificação não veio. Fomos eliminados na casa do adversário.

A derrota do XV é uma sensação horrível. É diferente. É uma tristeza descomunal. Não sei explicar. É tipo quando acontece algo com um parente próximo da gente. É diferente ser XVano.

Mas, com certeza, foi de muito aprendizado. Entender o TEMPO é uma tarefa difícil. Nós, como torcedores, somos imediatistas, colocamos o tempo a frente e exigimos, de qualquer maneira, que tudo seja da nossa vontade. Não estamos no dia-a-dia e, sem culpa alguma, colocamos o coração na ponta da espada. Como fotógrafo, nesse doloroso 2020 que passou, coloquei um pouco mais a razão e o entendimento que tudo está sendo feito da melhor maneira, logicamente, com erros e acertos, com a certeza que o trabalho sério e profissional, com pessoas que entendem do assunto, o TEMPO para as glórias do XV de Jaú será mais breve.

Que o TEMPO me permita fotografar muitas comemorações e alegrias.

Salve o XV de Jaú, o orgulho da cidade.

Paz, amor e empatia pra 2021.

Bruno Creste

Bruno Creste

Fotógrafo, XVano, sãopaulino, escreve periodicamente para o Jauclick e para o Debate de Bico.

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