A socióloga, educadora Denise Zambonato lançou no último domingo seu livro na capital de Maranhão, São Luiz no seu Centro Histórico.
A obra ZABUMBA, MATRACA E GUITARRA – “O QUE EU FAÇO É BOI” é uma revisão da dissertação de mestrado homônimo da autora e é um perspectiva das dinâmicas das brincadeiras de Bumba-Meu-Boi na cidade de São Luís/MA.
O livro faz uma análise num período de dez anos dos editais públicos dos festejos de São João promovidos pelo Governo do Estado do Maranhão.
Para além de uma análise minuciosa, a autora traz o que chama de “vozes”. É colocar no seio da discussão de forma muito delicada as vozes de brincantes, representantes do Estado e apreciadores da brincadeira sobre como veêm as dinâmicas da brincadeira.
“Prepare-se leitor, pois nas próximas páginas deste livro verás que “o miolo de boi é o mínimo espaço que garante a liberdade”, a resistência expressa na voz de cada indivíduo que canta em coro no que poderíamos dizer, em uma das maiores manifestações tradicionais do Brasil. O Bumba-Meu-Boi, não resiste, ele existe” salienta a escritora.
A AUTORA
Denise Zambonato, doutoranda em Sociologia pela UFSCAR, pesquisadora com foco em manifestações tradicionais há 16 anos (período em que cursou graduação em Ciências Sociais, pós graduação em Arte Educação, e mestrado em Estudos Latino Americano).
Atuou em Recife/ Olinda por 7 anos como produtora cultural e gerenciamento de projetos pela Petrobras- Responsabilidade Social.
Hoje, além de continuar como pesquisadora em comunidades quilombolas no Maranhão e região do Caribe na Colômbia, atua como professora de sociologia pelo Governo do Estado na cidade de Piracicaba.
DIA DA MULHER AFROLATINA E CARIBENHA
O lançamento ZABUMBA, MATRACA E GUITARRA – “O QUE EU FAÇO É BOI” faz parte do evento no Maranhão “Ato cultural pretas no comando” e faz parte da comemoração do Dia da Mulher Afrolatina e Caribenha que tem sua celebração no dia 25 de julho.
Além de literatura, o evento terá rodas de conversa sobre o tema e apresentações musicais.
25 de Julho – Dia das Mulheres Negras – O 25 de julho – Dia Internacional da Mulher da Afro-latino-americana, Afro-caribenha e da Diáspora –, é data de mobilização desde 1992, quando da realização do 1º Encontro de Mulheres Negras Latino-americanas e Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana, que também estabeleceu a criação da Rede de Mulheres Afro-latino-americanas, Afro-caribenhas e da Diáspora.
O Dia Internacional da Mulher da Afro-latino-americana, Afro-caribenha e da Diáspora tem como finalidade promover e fortalecer a ação política das mulheres negras da região junto ao poder público por ações concretas para a eliminação do racismo e do sexismo.
No Brasil, o 25 de julho é parte do calendário oficial desde 2014 por meio da Lei nº 12.987/2014, resultado da articulação do movimento de mulheres negras, e celebra Tereza de Benguela, liderança quilombola contra a escravização de mulheres e homens africanos e afro-brasileiros. Neste contexto, o mês de julho é considerado um período de intensas atividades políticas, formativas e culturais para visibilizar as trajetórias e as contribuições das afro-latino-americanas e caribenhas.
Fonte: www.onumulheres.org.br