Estreia da Ynessa Graciano: Dia Internacional da Mulher

Reflexões no Dia Internacional da Mulher: Entre Lutas e Conquistas, Celebrando a Busca por Equidade

No dia 08 de março, comemora-se o Dia Internacional de Mulher, data globalmente celebrada, símbolo da luta feminina por equidade de gênero – que significa a criação das mesmas condições e oportunidades para homens e mulheres. A data foi oficializada em 1975, pela Organização das Nações Unidas (ONU), tornando-se de relevância global.

Admito que, num primeiro momento, vi-me relutante em utilizar o verbo “comemorar”, pois, embora tenhamos muito a celebrar, há tanto a ser feito.

Caros leitores, firmo o compromisso de não soar extremamente pessimista neste texto, mas como diria Ariano Suassuana, uma “realista esperançosa”.

Nesta semana, foi publicado o relatório pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), que indicou um aumento nos casos de feminicídio no Brasil e os dados são alarmantes: o maior número registrado desde a criação da lei, em 2015, sendo, no total, 1.463 vítimas em 2023. Os dados são preocupantes, mas refletem a realidade vivenciada por nós, mulheres, no país.

Portanto, contrariando as estatísticas, é um privilégio celebrar mais um ano desta data.

A luta pela equidade de gênero é constante: temos salários menores que os homens; somos caçadas desde a Idade Média e, até hoje, nossos corpos são vistos como propriedades do sexo oposto.

Mas nem tudo são lástimas. Como advogada, invariavelmente me apego à profissão e cito aqui dois projetos interessantes: a Lei da Dignidade Menstrual, com entrega gratuita de absorventes às mulheres que não possuem condições de adquiri-los; e, no Distrito Federal, a licença menstrual, que autoriza as servidoras públicas com sintomas graves, decorrentes da menstruação, o afastamento das atividades de trabalho por até três dias.

Decisões como essas são o sopro de esperança necessário para, como no início deste texto, comemorar o dia de hoje.

Para além dos fatos e dados, não há um ano que se passe sem que, nesta data, pense em uma frase que, para mim, traduz o que é ser mulher.

A frase é da escritora e filósofa francesa Simone de Beauvoir, que diz: “Não se nasce mulher, torna-se mulher.”.

O sentimento é este emaranhado de desesperança com otimismo, na certeza da força motriz que emana de todas as mulheres, capaz de nos levar aos lugares que desejarmos; mas, apesar e além deste sentimento que nos envolve, há também o momento em que nos deparamos com as dificuldades impostas por uma sociedade em que as decisões são majoritariamente tomadas por homens, mesmo aquelas que impactarão somente as mulheres e, nesta frustração, vislumbramos o árduo caminho a percorrer e, então, tornamo-nos mulheres.

Para que isso aconteça, necessária a constante luta, a busca por representatividade, espaços e reconhecimento em todos os âmbitos de nossas vidas.

Deixo aqui, aos homens, o apelo para que, nesta data, além de presentear as mulheres de suas vidas com flores – que são muito bem-vindas, também acolham nossas demandas, apoiem a trajetória, combatam toda e qualquer forma de discriminação.

No mais, desejo a todas nós um feliz dia da mulher, com todo o respeito que merecemos, observadas as nossas diferenças e singularidades.

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Ynessa Graciano

Ynessa é advogada e escreve periodicamente aqui no Jauclick

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