Essa variante, segundo estudos, pode ser de 30 a 70 por cento mais letal que o vírus original e os cuidados, sempre essenciais, devem ser triplicados.
O Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz – LEIAL, responsável pelas atividades de sequenciamento na Instituição, vem recebendo amostras com detecção positiva para novo Coronavírus, visando à realização do sequenciamento genético de interesse à saúde pública, no intuito de fornecer dados técnicos para as ações em vigilância.
Neste sentido, foram recebidas 3 (três) amostras provenientes do Município de Jaú, encaminhadas pelo Centro de Laboratório Regional de Bauru do Instituto Adolfo Lutz, após identificação de recente aumento de casos e internações.
As amostras tiveram material genético extraído no mesmo dia e, após verificação da viabilidade de realização dos processos, foi possível concluir o sequenciamento do SARS-CoV-2 presente em tais amostras, verificando-se que se tratam de exemplares da Variante de Atenção brasileira.
A variante brasileira do coronavírus conhecida como P.1 já foi identificada em ao menos 10 Estados do país. Descoberta em janeiro em pacientes do Amazonas, a variante é responsável pela maior parte dos novos casos no Estado e está se espalhando pelo Brasil, informou a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) nessa sexta-feira (12/02).
A Fiocruz é uma das responsáveis pela monitoração do vírus para o Ministério da Saúde e pelo sequenciamento genético das novas cepas do vírus. Nas últimas semanas, os cientistas estão investigando essa nova variante por indícios de que seja mais transmissível que o Coronavírus Sars-CoV-2.
(Tem Coisas que só acontecem em Jaú)
Mortes por dia no Amazonas
Possível letalidade da variante P.1. Estudos:
Uma variante britânica do coronavírus já foi identificada em 82 países, incluindo o Brasil, onde outra variante, descoberta em Manaus, provoca preocupação.
Os cientistas do governo britânico estavam contando com estudos que examinaram uma pequena proporção das mortes em geral, tornando difícil apontar quanto risco aumentado pode estar associado à nova variante do Reino Unido (P.1).
Os cientistas disseram que estudos precisam de mais dados sobre as mortes antes que possam examinar o efeito da variante de forma mais conclusiva. Mas os estudos mais sólidos que foram considerados estimam que a variante pode ser 30 a 70 por cento mais letal do que o vírus original.
Também acredita-se que a variante seja 30 a 50 por cento mais transmissível do que o vírus original, embora alguns cientistas agora acreditem que seja ainda mais contagiosa do que isso (podendo chegar a 200 por cento).
Para exemplificar a evidência crescente da letalidade da variante, os cientistas citaram um estudo da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres. Em janeiro, esse estudo examinou as mortes de 2.583 pessoas, 384 das quais se acredita que tiveram casos de Covid-19 causados pela nova variante. A pesquisa estimou que as pessoas infectadas com a nova variante tinham um risco 35% maior de morrer.
Outro estudo atualizado pelo mesmo grupo baseou-se em 3.382 mortes, 1.722 das quais se acredita serem da nova variante. Dessa vez, os dados sugeriram que a variante pode estar associada a um risco 71% maior de morrer.
(atualizado 19:59)