Será nesta segunda-feira o início da vacinação contra a gripe comum. O governo federal antecipou a programação por causa do coronavirus e dá largada aos prioritários idosos e trabalhadores da saúde. Em Jaú, os postinhos estarão abertos o dia todo. A secretária de Saúde de Jaú, Márcia Nassif, orienta sobre os procedimentos a serem adotados na campanha.
“Gostaria de informar que, na próxima segunda-feira (23/03), tem início a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza (gripe). As unidades básicas de saúde estarão aplicando as doses de segunda à sexta-feira, das 13h às 17h, em pacientes acima de 60 anos e profissionais de saúde. No momento, não está liberada a vacinação para as demais faixas etárias. Aguardamos orientações do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde”, pontua a secretária.
ABAIXO, NOTÍCIA DO JC SOBRE A VACINAÇÃO NACIONAL
A Secretaria de Estado da Saúde inicia na segunda-feira (23) a campanha de vacinação contra gripe com estratégias diferenciadas para evitar aglomerações e prevenir a população contra a Covid-19. Na área de abrangência do Departamento Regional de Saúde de Bauru (DRS-6), que inclui 68 cidades, o público-alvo que deve ser imunizado está estimado em 668.378 pessoas. Deste total, 57.685 são trabalhadores da área da saúde e outros 213.767 são idosos.
Até esta sexta-feira (20), havia cerca de 11,5 mil pontos de vacinação fixos e volantes previstos para todo o Estado, incluindo escolas, creches, farmácias, barcos, ônibus e veículos, de forma a alcançar o público-alvo em todas as regiões.
A Divisão de Imunização estadual orientou todas as cidades quanto à dinâmica de atendimento especial. Seguindo a legislação, deverão ser priorizados idosos com mais de 80 anos e haverá triagem diferenciada (leia mais abaixo).
A expectativa é imunizar 90% da população-alvo de 15,4 milhões de paulistas contra o vírus Influenza. O início da campanha foi antecipado com apoio do Instituto Butantan, que acelerou a produção de 75 milhões de doses de vacina.
Neste ano, a campanha ocorrerá em três etapas definidas pelo Ministério da Saúde, responsável por enviar as doses aos estados. A primeira começa dia 23 e é voltada a idosos e trabalhadores da saúde, no total de 6,1 milhões de pessoas.
A partir do dia 16 de abril, serão vacinados professores, equipes que trabalham nas forças de segurança e salvamento e pacientes com doenças crônicas, como asma, diabetes, doenças imunossupressoras e outras.
No dia 9 de maio começa a terceira etapa, que será para gestantes, puérperas (com até 45 dias após o parto), crianças a partir de seis meses e menores de seis anos, povos indígenas e demais grupos prioritários, inclusive dois novos públicos inseridos neste ano: adultos de 55 a 59 anos e pessoas com deficiência (física, auditiva, visual, intelectual e mental ou múltipla).
Na data de início dessa última etapa também está previsto o “Dia D” de Mobilização Nacional, quando os postos deverão funcionar no sábado, das 8h às 17h. “A vacina irá prevenir a população alvo contra o vírus Influenza de três tipos e é fundamental para evitar complicações decorrentes da gripe, otites e sinusites. É indispensável que as pessoas respeitem as etapas para que não haja aglomerações nos postos, evitando a transmissão de doenças respiratórias, como a Covid-19 e a própria gripe”, explica a diretora de Imunização da Secretaria, Nubia Araujo.
Novo coronavírus
A vacina contra a gripe não imuniza contra o novo coronavírus, mas, segundo o secretário de estado da Saúde, José Henrique Germann, a campanha é fundamental para reduzir o número de pessoas com sintomas respiratórios nos próximos meses. “A decisão de antecipar a campanha tem a intenção de proteger a população contra a Influenza, além de minimizar o impacto sobre os serviços de saúde em meio a pandemia de Covid-19, já que os sintomas destas doenças são semelhantes”, explica.
A orientação aos profissionais que trabalharão na campanha é para que haja organização da fila e do ambiente. Deverá ser feita uma triagem com identificação de sintomático respiratório – presença de febre, tosse, coriza e falta de ar. Se a pessoa tiver febre ou mau estado geral, deverá ser colocada máscara no paciente e adiada a vacina, com orientação para ida a um serviço de saúde. Máscaras também deverão ser colocadas naqueles que tiverem tosse ou coriza, mas, nesses casos, a dose poderá ser aplicada e a pessoa será orientada a procurar um serviço de saúde.
As equipes deverão anotar as doses aplicadas, com mesas e distanciamento de pelo menos um metro entre o anotador e o paciente. Cada profissional deverá usar caneta própria e álcool deverá ficar disponível para uso. O vacinador não precisa utilizar luvas nem máscara cirúrgica, apenas seguir as normas de higienização.