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Cinema Olímpico

Em ritmo dos jogos olímpicos de Paris, 2024, Cine Denadai hoje veio com a pegada "Cinema Olímpico". Confira as dicas do André
Cinema Olímpico

Não sei quando você estará lendo esse texto, mas no dia 26 de julho de 2024 deu-se início as Olimpíadas de Paris. O maior evento esportivo do mundo onde atletas de todos os cantos do planeta se reúnem para competirem em diversas modalidades. Além dos objetivos esportivos, hás também finalidades de união dos povos através do esporte.

Confesso que gosto muito de olimpíadas e tento ver o máximo possível. E um evento tão grandioso desses jamais passaria desapercebido pelo cinema e a quantidade de filmes que focam nos atletas, nos esportes e até nos bastidores do evento já foram relatados.

E é esse o foco das indicações e comentários dessa vez.

E vale lembrar que esporte já foi tema em um dos meus textos, mas o foco deles, com exceção de “Eu, Tonya”, não eram as olimpíadas, por isso resolvi fazer esse outro texto, mas pode ter certeza que haverá muitas outras dicas de esporte no cinema pela frente.

Dito isso, seguem os filmes!

Cinema Olímpico

O esporte é desafiador. E não somente se trata de desafios onde você precisa superar os seus limites e os limites dos adversários. Muitos competidores não competem somente contra outros atletas, mas contra todo um sistema que dificulta ou até impede o alto rendimento do mesmo. E na década de 1930 um atleta superou o preconceito e a segregação do nazismo na casa de seu adversário. Foi em 1936, na Alemanha, mais precisamente em Berlim, que surgia um dos maiores atletas olímpicos de todos os textos e a história do americano Jesse Owens é muito bem contada em “Raça”.

Um ótimo título que faz referência não somente pela raça que um atleta tem que ter para vencer, mas também pela cor de sua pele, que por ser negro, já não era bem visto em seu próprio país. Mas Jesse Owens foi além e superou a política de supremacia branca pregada por Adolf Hitler que teve que ver ao vivo um negro conquistar incríveis quatro medalhas de ouro naquele ano e se retirou do estádio olímpico fazendo jus a sua covardia como ser humano.

Disponível em: pasmem, nenhum lugar nesse momento.

O que sempre vale ressaltar em filmes de esporte, é que você não precisa gostar e nem entender a modalidade retratada, pois geralmente ela é um pano de fundo para uma história maior.

E nesse próximo caso, a modalidade é a luta greco-romana. Presente desde a primeira edição das olimpíadas é um esporte muito praticado nos EUA e nosso próximo filme, “Foxcatcher – Uma História que Chocou o Mundo”, envolve dois campeões olímpicos na modalidade, o atleta Mark Schultz e seu irmão e treinador David Schultz.

Com o objetivo de melhorar a performance do atleta, eles são convidados por John Du Pont, um bilionário entusiasta da modalidade, a treinar em sua equipe mantida com seu próprio dinheiro. Mais do que sua paixão pelo esporte Du Pont tem uma certa obsessão por Mark, dando uma intimidade perigosa entre atleta e patrocinador, que virá se tornar uma tragédia.

Se caso se interessou pela história, há um documentário na Netflix que também é muito bom chamado “Team Foxcatcher”.

Já o filme está disponível em: Shock Vídeo Café e acervo próprio.

Apesar de não ser nada popular no Brasil, existe uma outra olimpíada, a de inverno.

A que estamos acostumados assistir, é conhecida como a de verão. E é da olímpiada de inverno e de um país bem quente que vem a próxima dica. Clássico da Sessão da Tarde dos anos 1990 “Jamaica Abaixo de Zero” mostra a ousada e engraçada participação de uma equipe jamaicana na modalidade fria do bobsled. E assim, por se tratar de uma equipe feita às pressas, o desempenho até que não foi dos piores e entre 41 naçõess, os jamaicanos tiveram uma honrosa 30ª colocação.

E a olimpíada tem muito disso de incentivo a prática esportiva, inclusive o Brasil já participou das Olímpiadas de Inverno nessa mesma modalidade em 2005 e um dos integrantes era Claudinei Quirino, medalhista de prata no revezamento 4×100. Para se ter uma ideia da importância desse incentivo da prática esportiva, nesse ano de 2024 a equipe de basquete do Sudão do Sul irá disputar as Olímpiadas e, segundo um dos integrantes do time, o país nem tem quadra de basquete coberta e esse pode ser o ponta pé inicial na prática desse esporte e na mudança de muita gente.

Disponível em: Disney +.

As produções cinematográficas não focam somente nos esportes, mas também do que ocorre no mundo durante um evento dessa magnitude.

E questões, históricas, políticas e geográficas se intensificam nessa época. E o filme “Munique” retrata um dos momentos mais tristes da história dos Jogos Olímpicos. No ano de 1972 na cidade alemã de mesmo nome do título, 11 atletas israelenses foram sequestrados e mortos por um grupo terrorista palestino denominado Setembro Negro.

Como vingança, um membro da Mossad, que é a agência de inteligência de Israel, tem a missão de encontrar e matar onze suspeitos de participação nos atentados. Que fique bem claro, nesse texto não há nenhuma menção se a Palestina ou Israel estão certos, quer dizer, em uma guerra ninguém está certo, mas hoje em dia vivemos uma situação tensa na região e “especialistas”, fundamentados em duas ou três reportagens de tv, sabem tudo o que está se passando por lá.

Confesso que não me lembro se o filme toma partido de algum lado, o que seria desnecessário, mas Spilberg, diretor do filme, mesmo Judeu, jamais cairia nessa armadilha de se posicionar e prejudicar sua obra. “Munique” é uma excelente pedida para quem quer um filme sério com um assunto atual. Disponível em: Shock Vídeo Café.

Mais um filme que o foco não está nas modalidades esportivas, mas sim nos bastidores do evento. E um fato que não pode ser negado, é que quanto mais pessoas estão reunidas, maior deve ser a atenção das autoridades. E em Atlanta, 1996, essa atenção foi até um pouco prejudicial para nosso herói.

Em “O Caso de Richard Jewell”, o segurança que dá nome ao filme, consegue antever um atentado terrorista numa festa na cidade, salvando assim dezenas de vidas, mas ao mesmo tempo passa a ser o principal suspeito do ocorrido. O filme não foca somente nas Olimpíadas ou nos atentados, mas também na vida de Richard, que vê no evento uma maneira de conseguir uma grana extra para custear uma cirurgia de sua mãe.

Ótimo filme e mais uma indicação de filme dirigido por Clint Eastwood. Medalha de ouro para esse cara.

Disponível em: Shock Vídeo Café e acervo próprio.

Curtam seus filmes, curtam as olimpíadas, boa sessão e até a próxima!

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André Denadai

André é jauense, xvano, palmeirense e apaixonado por cinema e ele escreve periodicamente para o Jauclick.

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