Um Oscar especial para os brasileiros que apreciam o cinema ou que apenar torce para a ótima imagem que o filme “Ainda Estou Aqui” trouxe e ainda trás para o país. A premiação mais importante, ou pelo menos a mais famosa, do cinema finalmente foi conquistado por uma produção nacional. E não poderia ser em uma noite mais especial, já que pudemos comemorar essa grande conquista em um domingo de carnaval. Pode não parecer importante para vocês, mas para esse que vos escreve, é um momento único.
Cinema e carnaval são as coisas que eu mais gosto na vida. Soma-se ao fato de ser carnaval e Oscar, o fato de eu ter assistido à premiação em um bar tomando uma cerveja com amizades novas que fiz ali.
Pronto, está aí o combo perfeito: Cinema, Carnaval e Cerveja! Esse texto na realidade nem é só para falar da conquista do nosso filme, mas para comentar um pouco mais sobre os outros premiados ou não premiados da noite. Vou evitar ao máximo falar que um filme foi derrotado. Só o fato de conquistar uma indicação há um prêmio tão cobiçado como esse, já é motivo de muita comemoração. Ah, esse texto era para ter saído antes, mas meus compromissos com o carnaval me impossibilitaram. Mas antes tarde do que nunca. Bora lá (culpa também do editor do Jauclick que demorou pra postar! hehehe).
Disse que evitarei falar sobre filme serrotado, mas já vou começar quebrando essa regra. O grande derrotado da noite foi o filme “Emilia Pérez”. Apesar de muitas críticas negativas ao filme, ele conseguiu indicações para o Oscar, mas saiu apenas com duas estatuetas, que foi Melhor Canção Original e Melhor Atriz Coadjuvante Zoe Saldaña e na boa, mesmos esses prêmios foram bem contestados pela crítica especializada e pessoas que o assistiram.
Se “Emilia Pérez” foi o grande derrotado da noite, “Anora” foi o grande vencedor com da noite com cindo prêmios (Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original e Melhor Atriz). Destaque para o diretor Sean Backer que levou para casa quatro dessas estatuetas. O cara simplesmente produziu (quem recebe o prêmio de Melhor Filme e o produtor da obra), dirigiu, escreveu e editou o filme! Ainda não vi esse filme, mas posso dizer que Sean Backer é um diretor de altíssimo nível. Vi outros dois filmes seus. O dramático e engraçado “Tangerine” e o pesado “Projeto Flórida”. Esse segundo é algo espetacular e por mim poderia ter tido mais consideração naquele ano, principalmente ao vermos que o grande vencedor daquele ano é o ótimo, mas normal “A Forma na Água”.
Dito isso, vamos ao que interessa, que é o meu desempenho nos chutes para os vencedores da noite. Para lembrar, ano passado eu acertei 9 categorias, algo que eu achei patético! Mas mudo um pouco minha opinião. Foi apenas ruim. Esse ano fui um pouco melhor e acertei em 10 categorias. É difícil demais! Mas tá valendo. O importante é melhorar e continuar assim. Objetico do ano que vem é acertar 12 categorias. E já adianto que todas as categorias acima citadas, eu errei. Filme, Diretor, Roteiro Original, Atriz e Atriz Coadjuvante, Edição e Canção original, optei por outros filmes.
Vamos começar por melhor curta de documentário, que eu acertei num belo de um chute. O que é legal que o vencedor “A Única Mulher na Orquestra” pode ser visto na Netflix!

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A grande barbada da noite foi Melhor Ator Coadjuvante para Kiera Culkin em “A Verdadeira Dor”, foi a primeira premiação da noite e todos sabiam que ele ganharia.
Acertei as duas categorias de atuação masculina, já que apostei em Adrien Brody em “O Brutalista” para a categoria de Melhor Ator. Também não tinha muito segredo. Mas não torço mais por ele, fez um discurso longo demais. E isso é desnecessário. E por “O Brutalista” acertei a categoria de Melhor Fotografia. É um filme bem grandioso, tinha boas chances nessa categoria.
Uma categoria que eu gosto de acertar é de roteiro. Se errei no original, acertei com o adaptado com “O Conclave”, provavelmente um dos filmes que eu mais queira ver desses filmes que oram destaque na noite.
Se celebramos por aqui as conquistas de “Ainda Estou Aqui”, na Letônia não é diferente. A animação “Flow” foi a grande vencedora da noite em sua categoria e o povo de lá adotou o gato que é o protagonista da obra. Há uma comoção no país muito bacana de ser conferida. Fiquei feliz em acertar essa categoria também.
“Duna – Parte 2” ganhou dois prêmios e eu acertei os dois. As estatuetas vieram em Melhores Efeitos Especiais e Melhor Som. A primeira parte já havia ganho esses dois prêmios também, então fui na segurança e fiz minhas apostas nele. Bingo!
Acertei também na categoria Melhor Figurino, que foi para “Wicked”. E Paul Tazewell se torno o primeiro negro a vencer um Oscar nessa categoria. Conquista de respeito!
Mas o principal acerto com certeza foi o de Melhor Filme Internacional com “Ainda Estou Aqui”. Poxa, fiquei arrepiado. Assisti em um bar com uma galera, mas no bar do lado estavam assistindo também e a transmissão deles estava um pouco na frente, então ficamos sabendo da vitória do filme brasileiro por conta do delay no nosso bar. Mas tudo bem. Foi especial. Fiquei arrepiado demais. Cinema é a arte que eu escolhi para gostar e entender e ver um filme nacional atingir esse ápice depois de várias tentativas frustradas com outras obras, foi surreal. Que sensação incrível. Pena que a vitória não veio com Fernanda Torres na categoria de Melhor Atriz. Aí eu estaria pulando carnaval até hoje!!!
Vou lamentar um erro aqui, foi na categoria de Cabelo e Maquiagem, que apostei em “Nosferatu”, mas ainda não me conformo de não ter apostado em “A Substância”. O trabalho ali foi espetacular!
Fim de mais uma temporada de premiações do cinema, mas a temporada 2025/26 já começou. E o cinema nacional promete mais uma vez, já que o filme brasileiro “O Último Azul” já venceu o Urso de Prata em Berlim e vem de muitos elogios, além disso temos o novo filme de kléber Mendonça Filho de “Bacurau” e “Aquarius”. Vale a pena ficar de olho nessa sua próxima obra. Sem contar que sempre pode aparecer uma surpresa. E ficamos na torcida pelo sucesso cada vez maior do CINEMA NACIONAL!
Boa sessão e até a próxima