Passeios na zona rural – a Mandaguahy

Fazenda Mandaguahy
Waldete Cestari 2
Waldete Cestari é professora aposentada, autora de livros infantis e fotógrafa amadora.


Maria Waldete de Oliveira Cestari

A zona rural de Jaú foi muito importante e ativa principalmente no Ciclo do Café, que durou da segunda metade do século XIX a 1929. Hoje pouco resta das fazendas de outrora e mesmo o que ficou, com raras exceções, vem sendo destruído, deteriorado ou pelo abandono, ou para dar lugar a culturas agrícolas e construções mais modernas. Mesmo assim muitas pessoas exploram esses locais para fazer caminhadas pedestres, ou de bicicleta, a fim de fotografar, conhecer parte da história da cidade ou para observar e apreciar a natureza.

Se houvesse um projeto de turismo rural na cidade, essas visitas, hoje reservadas a pequenos grupos de particulares, poderiam gerar divisas, principalmente se atrelados a outros projetos de gastronomia, usos, costumes e tradições.

O Governo do Estado de São Paulo possui um projeto com destinos e roteiros turísticos, entre eles o Circuito Fazendas Históricas Paulistas composto por 11 municípios, que reúne fazendas dos séculos 18, 19 e início do 20, as quais hoje trabalham com turismo rural. Entre eles Jaú, chamado de “Coração Paulista” com uma fazenda participante, a Fazenda Mandaguahy.

A Fazenda Mandaguahy é uma fazenda histórica que fica a um pulinho da cidade, na rodovia Jaú-Bocaina, antes da subida da biquinha. Ela começou a sua história em 1858 com a compra de uma gleba de terra de cerca de seis mil alqueires pelos irmãos Almeida Prado e até hoje conserva construções, móveis, utensílios, a casa grande (sede), a senzala, a tulha,  o terreiro, proporcionando aos visitantes uma volta ao passado.

A Mandaguahy oferece opções de hospedagem em casas que foram adaptadas para receber os confortos modernos, mas sem deixar de lado a simplicidade das residências rurais do século 19. Os hóspedes podem optar em preparar suas próprias refeições ou experimentar a saborosa comida da própria fazenda.

É um local muito procurado por escolas cujos alunos participam dos projetos educativos e recreativos oferecidos pela própria fazenda; por grupos de pessoas interessadas em conhecer uma parte da história de Jaú ou simplesmente por amantes da natureza, da história e da preservação do patrimônio cultural da cidade.

Poucos sabem que há vários tipos de visitas que podem ser feitas na Mandaguahy, variando a duração e o número de pessoas envolvidas. Há uma visita cultural com uma hora e meia de duração e outra com 2 horas e meia, as duas com lanche com produtos da fazenda servido na bela sala de estar da casa-sede, adornada com telas, porcelanas, prataria do acervo pessoal da família. Há uma opção com 3 horas, incluindo almoço e aperitivos na antiga tulha de café. Na primeira e a na terceira, o número mínimo de participantes é de cinco pessoas. Há ainda as visitas do turismo pedagógico, direcionada a escolas.

Os atuais moradores da fazenda, Antonieta de Almeida Prado e seu filho Guilherme são os responsáveis pela recepção dos visitantes, pelo passeio por todas as dependências da casa sede, das construções, do pomar e da mata. Das mãos de Antonieta saem as delícias do lanche ou almoço, sempre acompanhadas de uma boa dose de cachaça da melhor qualidade, produzida artesanalmente em alambique próprio.

Poucos anos atrás, o Circolo Trentino di Jaú iria receber a honrosa visita de um coral italiano da região do Trento na Itália e a diretoria da entidade teve a feliz ideia de escolher a Mandaguahy para lhes oferecer um almoço. Depois de uma apresentação pública no Jahu Shopping, os visitantes e convidados do Circolo dirigiram-se à fazenda, na qual puderam conhecer uma parte importante da história da cidade e degustar um almoço tipicamente paulista. Não sem uma apresentação particular dos cantores italianos, que não estava no roteiro, que tornou o dia inesquecível.

A Fazenda Mandaguahy é uma riqueza que está a nossa frente, ao nosso alcance, é uma joia dos tempos áureos da agricultura de Jaú e que continua de pé e altiva, graças ao espírito preservacionista de seus proprietários. Ela merece ser conhecida e fazer parte de um projeto de turismo rural jauense, que oxalá exista um dia.

Nossa região tem um potencial muito grande para isso e está aí para ser aproveitado. O perigo é que se demorar muito, algumas construções que já estão praticamente abandonadas não mais existam.

Confira algumas fotos da Fazenda e de alguns belos locais da cidade:

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