Provavelmente você já deve ter ouvido de alguém que sonha em ter um “casamento de cinema”, ou que pelo menos já tenha ido em algum evento tão suntuoso, que parecia ter saído dos mais belos contos de fadas da Disney ou de lindas comédias românticas hollywoodianas. Pois bem, nem sempre um “casamento de cinema” pode significar isso.
E para comprovar isso, vou mandar, nesse mês de maio, conhecido como o mês das noivas, filmes com casamentos complicados, ou pelo menos engraçados.
Começamos então com uma animação. Dirigida pelo excêntrico Tim Burton, ” A Noiva Cadáver” é realizada na técnica stop-motion. Minha técnica preferida para animações, que consiste em fotos dos cenários e personagens em diferentes posições, que, quando colocados quadro a quadro dá-se a impressão de que estão em movimento.
Com personagens esteticamente bizarros e uma fotografia utilizando predominantemente azul, branco, preto e cinza, a animação é ambientada numa época em que amar era um pequeno detalhe para que casamentos ocorressem. Dotes e ascensão social era o que valia. E esse é o roteiro para o casamento de Victor e Victoria, que se conhecem um dia antes da data marcada para o casamento! Mas alguns fatos acabam fazendo que Victor se case com um cadáver!
Fatos que lembram lendas urbanas típicas do interior, provavelmente os mais antigos conheçam e contem histórias de noivas que morreram antes de seu casamento e que até hoje estão perambulando por aí atrás do amor eterno. Muito engraçada e com muitas músicas legais, é uma animação que vai agradar crianças e casais.
Agora vamos falar de um dos meus filmes preferidos. Esse filme eu vi dezenas de vezes, provavelmente nem se juntarmos a quantidade de casamentos do Fábio Jr e da Gretchen, não dá a quantidade de vezes que assisti essa obra-prima. Falo agora de “Kill Bill”.
Dividido em duas partes devido a longa duração do filme, essa é mais uma obra original da mente de Quentin Tarantino. “Kill Bill” é uma homenagem do diretor aos filmes de kung-fu que ele tanto é fã. O que não falta aqui são cenas de lutas maravilhosamente coreografadas e repletas de sangue. Jorra sangue pela tela!
O filme não é só sangue, e narra a trajetória da Noiva (sim, em letra maiúscula) em busca de vingança contra Bill, seu ex-noivo que achou que a tinha matado no dia em que iriam se casar (sentiu a coincidência com a dica anterior?).
Chefiada por Bill, a Noiva fazia parte de um grupo de assassinos de aluguel, e para completar sua vingança, ela terá que lutar e matar os outros integrantes do clã. O que não falta são cenas emblemáticas no filme, com destaque para uma parte de uma longa cena de luta gravada em preto e branco e um trecho do filme passado numa animação feita no mesmo estúdio do clipe da música “Breaking The Habit” do Linkin Park.
Uma mistura de terror gore e sobrenatural com comédia, onde o termo “até que a morte os separe”, está muito bem colocado. Falo de “Casamento Sangrento”, que nada mais é que uma brincadeira de esconde-esconde mortal logo após o enlace matrimonial ser concretizado.
Ou seja, se a noiva for encontrada, ela será morta numa seita macabra por membros de uma família muito rica e perturbada, apegada em tradições e medos das maldições de seus antepassados. Um filme divertido e sangrento, que tem algo mais profundo relacionado com casamento. Pois o filme, começa bem, assim como muitos casamentos, mas o fim dele não é tão legal e vários casamentos são assim também.
No final é onde o filme deixa de ser natural e passa a ter contornos sobrenaturais. Não sou casado, mas acho que quando as coisas em um casamento deixam de ser naturalmente bom, ele está próximo do fim. Filosofei demais.
Casamento é uma coisa leve onde todos, ou pelo menos a maioria, estão felizes. Então, para colocar um sorriso em nosso rosto, vamos de comédias!
Começo com um fenômeno de bilheteria, que surpreendeu tanto, que ganhou o prêmio de Melhor Filme de Comédia ou Musical do Globo de Ouro há alguns anos. “Se Beber Não Case” é hilário!
Apesar de perder sentido para o terceiro filme, a tradução do título é puro suco de brasilidade (o título original é “The Hangoover”, ou “A Ressaca”).
Seus personagens são estranhamente carismáticos e se completam, nessa aventura atrás de uma bela de uma despedida de solteiros para um de seus amigos. A trilogia se encerra com um filme que nada tem a ver com casamento, por isso focamos nos dois primeiros.
O enredo dos dois primeiros capítulos é praticamente idêntico, sendo um pequeno ponto negativo para a saga, mas as piadas continuam ótimas. De tigres do Mike Tyson a monges Budistas com votos de silêncio, nossos queridos personagens se afundam em Las Vegas e em Bangkok, atrás de saber o que aconteceu na noite anterior e onde estaria um de seus amigos, que são partes importantes para a realização dos casamentos de cada um dos filmes.
Lembrem-se, nem tudo o que acontece em Vegas, fica em Vegas!
Para encerrar, vamos falar da parte mais importante do casamento, pelo menos para mim. É óbvio que eu desejo toda a felicidade do mundo para quem estiver se casando, mas queremos saber mesmo das FESTAS!
E em “Penetras Bons de Bico” o que mais temos é festa!
A incrível maratona de dois melhores amigos que entram de bicão em festas de casamento de desconhecidos para conhecer e sair com mulheres.
Suas táticas de sedução são infalíveis, pelo menos na ficção, não que eu tenha tentado alguma por aí. Mas poderia! Só que quem muito procura, acaba achando e aí que está a reviravolta do filme.
Se o filme é passado em casamentos, a cena mais engraçada ocorre em um velório e é protagonizada pelo sempre hilário Will Farrell.
Esse filme seria impossível acontecer em Jaú, pois aqui todo mundo se conhece e não seria tão fácil entrar de bicão em algum casamento, mas fica a dica para quem mora em grandes cidades!
E espero reciprocidade nessa nossa relação. Eu lhes indico filme e vocês me convidam para seus casamentos.
Boa sessão!
