As tendências de publicidade e tecnologia que marcaram agosto
No cenário acelerado da comunicação e da inovação digital, o mês de agosto trouxe uma série de tendências em publicidade e tecnologia que merecem ser analisadas com atenção. De movimentos estratégicos de grandes plataformas até mudanças no comportamento dos consumidores, tudo indica que os próximos meses serão marcados por transformações profundas no modo como marcas se conectam com o público e como a tecnologia redefine a experiência do consumidor.
Hoje, vamos mergulhar nas principais tendências de publicidade e tecnologia em agosto, explorando os destaques, os insights e as oportunidades que despontaram no mercado.
O crescimento do conteúdo gerado por IA: entre a eficiência e o desafio ético
Uma das tendências mais evidentes em agosto foi a intensificação do uso da inteligência artificial para produção de conteúdo publicitário. Ferramentas como o ChatGPT-4o, Midjourney v6 e Runway Gen-3 ganharam atualizações importantes, permitindo que marcas automatizassem a criação de vídeos, textos e até campanhas inteiras com alta personalização e escalabilidade.

Ao mesmo tempo, empresas como a Meta e a OpenAI anunciaram novos protocolos de transparência para uso de IA, diante da pressão de regulamentações mais rígidas na Europa e nos EUA. Isso reacende o debate sobre o limite ético da automação criativa e a importância da curadoria humana.
Uma coisa vale salientar: A IA generativa revolucionou a forma como as empresas vem usando a IA. Mas o ponto focal agora em grandes e eventos e congressos vem sendo a vertente dos assistentes de IA. (Em breve, teremos um conteúdo exclusivo sobre).
Publicidade imersiva: o avanço do 3D e da realidade aumentada
A publicidade imersiva, com uso de tecnologia 3D e realidade aumentada (AR), teve um salto em agosto, puxada por marcas do setor automotivo, moda e varejo.
O destaque ficou para a campanha da Nike com filtros interativos no Instagram, permitindo que os usuários “experimentassem” tênis em AR antes de comprar. Essa tendência reforça o conceito de experiência como diferencial competitivo e deve crescer ainda mais com a chegada do Apple Vision Pro ao mercado global em 2025.

Além disso, a Amazon testou anúncios com realidade aumentada nos EUA, permitindo que consumidores visualizassem produtos dentro de suas casas via app, um sinal claro de que o varejo está investindo pesado em novas experiências visuais. Isso é sensacional, mas ainda muito pouco acessível para o público em geral. Mas você tem dúvida de que isso vai virar tendência?
O TikTok como buscador da nova geração
Outro movimento que ganhou força em agosto foi a consolidação do TikTok como plataforma de busca, especialmente entre o público jovem.
De acordo com dados divulgados pela Google Trends e pelo DataReportal, o TikTok superou o YouTube e o próprio Google entre os usuários de 18 a 24 anos em consultas relacionadas a moda, restaurantes, tutoriais e turismo. Esse comportamento está transformando o modo como a publicidade é pensada para essa geração: rápida, visual, direta ao ponto e com uma linguagem mais informal.
Algumas marcas como Red Bull, Netflix e Nubank já estão adotando estratégias baseadas em Search Entertainment, produzindo conteúdos pensados para aparecer em buscas internas da plataforma.
E isso mostra um alerta perigoso para os pais, mas também deve ser abordado em um artigo futuramente.
A publicidade contextual ganha novo fôlego com o fim dos cookies
Com a chegada da fase final do fim dos cookies de terceiros no Chrome, prevista para o primeiro semestre de 2025, agosto foi marcado por um movimento forte de adaptação por parte das agências e anunciantes.
A publicidade contextual volta a ser protagonista, mas agora com tecnologias mais robustas, baseadas em machine learning, que interpretam o conteúdo da página em tempo real e entregam anúncios com maior relevância sem invadir a privacidade do usuário.
Startups como a GumGum e plataformas como a StackAdapt vêm ganhando destaque nesse novo cenário, oferecendo soluções que combinam inteligência semântica com performance.
Marketing de influência B2B: a tendência que saiu do nicho
Agosto consolidou outra mudança importante: o crescimento do marketing de influência no mercado B2B (de Business para Business). Tradicionalmente associado ao consumo final (B2C – Business para Consumer), o uso de influenciadores para marcas voltadas a empresas vem crescendo, com foco em autoridade, confiança e geração de leads qualificados.
Plataformas como o LinkedIn, que anunciou novos recursos de monetização para criadores de conteúdo em agosto, têm sido o principal palco para essa transformação. Isso mesmo, dentro do LinkedIn.
Empresas como a Salesforce, Oracle e RD Station estão investindo em microinfluenciadores corporativos, ou seja, profissionais especialistas em seus setores que já têm audiência relevante e podem gerar impacto nas decisões de compra de outras empresas.
E para as cidades menores, seus microinfluenciadores vem sendo uma vertente bastante necessária.
Advergames e o renascimento da gamificação nas marcas
Os advergames voltaram com tudo em agosto. Grandes marcas lançaram jogos próprios ou patrocinaram experiências dentro de games populares como Fortnite, Roblox e até GTA V.
A campanha da Renner no Fortnite, com a criação de uma loja virtual jogável, mostrou que o público gamer (hoje com mais de 80 milhões de brasileiros ativos) é uma oportunidade estratégica para marcas que querem se conectar com autenticidade e diversão.
Além disso, a gamificação começou a ser usada em intranets corporativas e plataformas de treinamento, com recursos que transformam processos internos em experiências mais envolventes, uma tendência que conecta publicidade interna e RH com inovação.
A ascensão do “human-first design” nas interfaces digitais
Com tanta automação, o mês de agosto também trouxe um contraponto valioso: o crescimento da filosofia de design centrado no humano.
Chamado de Human-First Design, esse movimento valoriza a empatia, acessibilidade e a intuição na construção de interfaces digitais. Sites, apps e até campanhas publicitárias estão sendo repensadas com base na experiência emocional do usuário, não apenas na conversão ou tempo de permanência.

Ferramentas como o Figma AI, lançadas em agosto, permitem prototipar interfaces mais humanizadas, enquanto pesquisas do Nielsen Norman Group destacaram que usuários estão valorizando mais a simplicidade, a linguagem clara e a transparência nas interações.
O impacto da tecnologia no consumo local
Uma tendência especialmente relevante para cidades como Jaú é a valorização do consumo local com tecnologia de aproximação.
Durante agosto, vimos o crescimento de aplicativos e plataformas que usam geolocalização e inteligência de proximidade para conectar consumidores a negócios próximos. O Google Meu Negócio, por exemplo, atualizou seu algoritmo para dar mais destaque a empresas locais com boas avaliações e presença online ativa.
Para os estabelecimentos de Jaú cadastrados no Jauclick, essa é uma oportunidade de ouro para melhorar a presença digital, atualizar fotos, descrições e responder avaliações. É uma maneira de aproveitar as tendências globais com impacto direto no comércio regional.
O futuro da publicidade e tecnologia começa agora
Agosto foi um mês emblemático. As tendências em publicidade e tecnologia observadas ao longo do mês não são apenas passageiras: elas apontam para uma transformação contínua, onde inovação, ética, criatividade e conexão emocional caminham lado a lado.
Para quem atua em marketing, comunicação, tecnologia ou empreende em qualquer segmento, é hora de estudar essas mudanças, se adaptar e, principalmente, experimentar. Seja usando IA com responsabilidade, criando experiências imersivas, investindo em conteúdo autêntico ou valorizando o consumidor local, o cenário é promissor, mas só para quem se move.