E não é que no meio de toda essa loucura que está na minha vida terei o prazer de ver um Mandrake Reunion. Domingo no Jimi´s as 19 horas.
Se estivesse totalmente na ativa, Mandrake em 2.023 completaria 25 anos. A banda começou em 1.998.
Convivo com essa malucada desde o Causa Imediata, final dos anos 80, começo dos anos 90. O Causa Imediata que mais rodou foi Ometto, os Irmãos Guarnieri, Naka do Griswolds e Rica Romão.
Assistia ensaios na casa do baterista Rica Romão, fazia uns repertórios com o Ometto na sala de aula no 1º Colegial da Fundação. Ai depois a galera desencanou do “pop-rock” e montou o Iron Cover. Naka e Romão saíram e Bardi e Fulvio Mantelli entraram.
Iron Cover virou Vorpal Blade e vou falar proces, fora de Jaú a galera tocou barbaridade no cenário hard rock e heavy metal. Em 1.994, rolou um FestValda no Palace com um som cover do Iron Maiden (22 Acacia Avenue). O festival teve apresentação da Astrid e Zeca Camargo.
1998
Mandrake foi formado em 1.998. Na história da banda, as únicas mudanças na formação foram na bateria. No começo, Armando Chrastello (que depois entraria nos Patrões) foi o primeiro, seguido de Lelê de Bauru e Guto Campana. Alexandre Ometto sempre foi vocalista, Silvano e Bardi os guitarristas e Cesar Guarnieri, o Vermeio, no contrabaixo.
Peguei o comecinho do Mandrake com o Armando, mas depois a turma consolidou o nome primeiro em Bauru e depois o sucesso veio para Jaú.
Por motivos particulares, a banda parou em 2.007. Costumo dizer que o Mandrake não acabou porque não deu certo, mas por motivos aleatórios.
O fim do Mandrake foi o baque pra galera acompanhava e um pouco para algumas bandas que estavam começando. O trabalho autoral era consistente, o show era fudido, clipe na MTV e do nada.. fim.
Eu participei de vários show do Mandrake. Vários shows no General foram memoráveis:
Os shows no começo em 2.002;
Em 2.003 uma dobrada com os Patrões que foi extraordinária;
Em 2.004, no aniversário de dois anos do General;
O lançamento do cd foi uma das maiores lotações do General;
E um dos dias mais especiais foi o lançamento do clipe em que Alexandre anuncia, o clipe passa no telão. A tela sobe e a banda entra com Eu Sou assim de novo. O General veio abaixo.
Após 05 anos, em 2.012 a banda se reuniu para uma reapresentação no General.
Em 2.019 a galera se reuniu por quatro vezes – Parque do Rio Jahu – Tarim – Barban – Shed.
Destes quatro shows, idealizei e trabalhei o do Parque do Rio Jahu. Foi no Festival de Inverno de 2.019 numa Mostra Autoral de Rock da cidade junto com Acelerados (que fez o som dos Patrões), Kito, Mr. Dan e O Psiconauta.
Sem ser piegas e exagerado, mas o show do Mandrake foi uma comoção. Só as próprias, Parque lotadaço.
Por isso os sons do Mandra merecem um capitulo a parte na matéria.
Eu tenho um carinho muito especial pelo Mandrake. Eu sou amigo dessa galera sem exagero há mais de 30 anos, vi começarem, era fã, acompanhava os shows e depois acabei virando contratante, parceiro de trabalho do Lê Ometto no Engenho e nos Rock Gols.
Aliás, as participações do Mandrake nos Vejau Rock Gols merece um capitulo a parte ehehe.
Domingo estarei lá!
SONS DO MANDRA
De 1.998 a 2.001 o Mandrake se notabiliza no cenário cover.
Em 2.001, Guto Campana participa das gravações das primeiras músicas próprias e dos singles deste ano e de 2.003. Com a saída de Guto Campana, no final de 2.004, Well Bueno (ex-Barrados nos Bares e Cadillac Valvulado e atual Gato Carteiro e na época atual roadie da banda) entra na bateria. Com ele a banda grava o cd todo.
A partir da formação com Guto Campana, em 2.001, a banda começa a produzir seu trabalho próprio. No mesmo ano gravam a cover de Bob Dylan, All Allong The Watchower e a primeira composição do Mandrake – Ordem e Progresso.
Somente dois anos mais tarde, em 2003, a banda lançaria um CD promocional, desta vez com 5 faixas inéditas: Vontade, Sempre Igual, Tarde Demais, Nosso Mal, Criador Perfeito, além das duas faixas bônus do primeiro single. A empreitada rende dois sucessos regionais, “Vontade” e “Sempre Igual” que passam a ser muito executadas pelas rádios do interior.
O single serviria de base para o futuro cd do Mandrake.
Em 2.004, a banda participa do lançamento do Selo Engenho, Subindo a Ladeira com a música Eu Sou Assim. A faixa (assim como a coletânea, 7 das 11 tocaram muito na cidade) emplacou em Jaú e região e foi a música carro-chefe do cd Mandrake lançado em 2.005.
Lançado em julho de 2.005, no General, o cd Mandrake tem as quatro do segundo single – Vontade, Sempre Igual, Tarde Demais, Nosso Mal, (apenas Criador Perfeito ficou de fora) – e Ordem e Progresso do primeiro, Eu Sou Assim do Subindo a Ladeira, além das inéditas Corre-Corre, Refrão da Noite Sem Fim, RCF, A Versão, Meu Vício, Estória Pra Dormir e Sozinho.
Em outubro de 2.005, a banda lança o primeiro vídeoclip do Mandrake na programação da MTV Brasil e dos principais programas musicais entre as emissoras do país. O Clipe é da música Eu Sou Assim
Em dezembro de 2005, a banda colocou uma faixa-inédita na segunda edição da coletânea “Subindo a Ladeira”, a música Voa Balão e no mesmo mês, fatura o prêmio do site carioca Canções (www.cancoes.com), oferecido aos melhores do ano.
Como dito na primeira parte, Mandrake fez uma reunião para o Festival de Inverno de 2.019 no Parque do Rio Jahu, só para tocar suas próprias.