Como é sabido, fazemos um tratamento oncológico e no mês de abril estou chegando a 83º sessão. A chance de chegar a 100 sessões é grande!
O engraçado disso é que quando tomo minha quimio, é como se fosse um sorinho da verdade. Fico meio sincerão.
A última que tomei foi no dia 22 de abril, dia do Descobrimento do Brasil, ou da invasão europeia no Brasil. Como queiram.
E a próxima será no dia 13 de maio, dia da Abolição da Escravatura. Ou da soltura desenfreada dos negros no país sem uma política pública de acolhimento.
Bom, vocês estão vendo que mesmo tomando há 15 dias, alguma dose no sangue ainda fica…
Primeira parte do Sorinho da Verdade!
E a Rouanet? E a Paulo Gustavo?
Eu pessoalmente, fui aprovado na Lei Paulo Gustavo para um projeto pessoal que já já vocês saberão qual é.
A Paulo Gustavo é uma lei emergencial para artistas e profissionais da Cultura criada na pandemia e o nome se dá ao humorista que morreu de Covid há três anos, no dia 04 de maio de 2.021.
A Lei Paulo Gustavo é de um recurso oriundo de um superávit financeiro de receitas vinculadas ao Fundo Nacional de Cultura.
É uma lei totalmente descentralizada, onde o dinheiro vem do governo federal e vai para todos Estados que distribui para todos os municípios.
“Ain, não é coisa da esquerda?”. O dinheiro vem para todas as prefeituras de quaisquer partidos políticos.
Quando conto desse meu projeto que foi aprovado algumas pessoas perguntam “É tipo Rouanet né”. Eu falo “NÃO”.
A Lei Paulo Gustavo o recurso vem direto. A Rouanet é uma lei federal de incentivo a Cultura que funciona a partir de renúncia fiscal de empresas que destinam parte de seus impostos para o fomento da cultural.
Diferente da Paulo Gustavo e Aldir Blanc, após o seu projeto ser aprovado na plataforma federal, você tem que ir atrás de empresas para captar os recursos. A PG e Aldir Blanc são recursos diretos, mediante editais feitos por gestão de cada município.
Aliás, a Lei Rouanet também é um ótimo instrumento. Vale lembrar que aqui em Jaú, a Rouanet beneficiou alguns projetos do Circênico, Bela Balela do Ricardo Rodrigues entre outros.
A reforma e restauração da Igreja Matriz foi totalmente viabilizada via Lei Rouanet.
E neste ano, vários projetos da Paulo Gustavo foram aprovados na cidade atingindo vários artistas, produtores culturais e empresas de indústrias criativas.
Aguarde e confie as novidades!
E a Aldir Blanc?
Terça agora, dia 07/05, a Secretaria de Cultura fará uma oitiva sobre a Lei Aldir Blanc 2.
Aldir Blanc, um dos maiores compositores deste Brasil, foi um dos primeiros artistas a morrer de Covid na pandemia.
Durante o encontro serão apresentadas demandas para definição das formas de distribuição do valor recebido por meio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) de Fomento à Cultura.
O setor cultural foi o primeiro a parar e o último a voltar na Pandemia.
Quando lançaram a a Lei Aldir Blanc em 2.020 foi aquela celeuma. Aquela discussão besta de novo. “Ain é hora de investir em Cultura?
Tal qual a Paulo Gustavo, o dinheiro da Lei Aldir Blanc não é retirado de nenhuma outra área ou segmento do orçamento federal. O valor não sai da saúde, educação, infraestrutura e vai para a Cultura. O dinheiro do Fundo Nacional de Cultura é, e sem querer soar redundante, tão somente da Cultura.
Mais de 01 milhão de profissionais da Cultura perderam seus empregos na pandemia em todo o Brasil, atingindo também a própria economia do país uma vez que 5,8% dos trabalhadores do Brasil são da área da Cultura e em torno de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil são gerados por ações culturais.
Participei intensamente da Aldir 2020. Realizei 7 projetos e fiz indiretamente a divulgação de vários outros.
Em 2.020, foi ano de eleição e o candidato do prefeito Rafael Agostini tinha perdido o pleito. As prefeituras não eram obrigadas a aceitar o recurso.
Mesmo sabendo que não ia continuar na pasta da Cultura, a Carolina Panini, Secretária de Cultura, pediu para o prefeito aceitar o recurso e realizou a Lei Aldir Blanc gerando mais de 200 projetos aprovados nos segmentos da música, dança, teatro, artes plásticas, cultura popular, fotografia, literatura, documentário.
E a panela ?
Essa Aldir Blanc de 2.020 me lembrou das mesmas histórias que só a Panela de Artistas foi contemplada.
Lembro de uma pessoa que falava da tal panela e nem propôs projeto “Ain a Panela”.
O cara não propôs nenhum projeto e reclamou da contemplação da dita panela AHAHA. Surreal!
A Lei Aldir Blanc 2.020 certamente contemplou mais de 800 profissionais da cultura entre artistas, produtores, técnicos e empresas de som. Panelona hein!
E o Sesc?
Eu trabalho com a banda Griswolds que já fez 43 shows em Sescs em 17 unidades do interior e capital.
E tem gente que acha que tocar em Sesc é QI (o tal quem indique). As bandas dos reclamões não tem uma foto, um áudio decente, um clipe, um release e ainda pergunta em tom pejorativo “Ow, como faz pra tocar em Sesc?”
Tenha santa paciência né!
Teve uma vez que perguntaram para mim como faria para tocar em Sesc e eu respondi jocosamente “Bom, primeiro a banda tem que ser boa”.
Ai nos abraçamos e rimos!
Bom, deixa eu ir fazer um xixizinho para ver se o sorinho da verdade sai de vez!
