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Cine Denadai

Filmes passados na cadeia

Um compilado (uma verdadeira paulada) de filmes passados na cadeia, histórias reais e cinema de alta qualidade. Leia o artigo e grave bem os nomes.
Filmes passados na cadeia
Um sonho de Liberdade

Eis um tema bem popular e que pode contemplar uma ampla quantidade de gêneros. Seja drama, comédia, terror, ação, filme de investigação, tudo quanto é estilo passa pela cadeia.

De terror, até já citei um por aqui, foi no meu primeiro texto de Halloween, onde indiquei o bacana filme francês “Sinais do Mal”. Alguns outros filmes, eu até me recuso a indicar, mas vou citar rapidamente aqui. O assistível “No Corredor da Morte” com Steven Seagal e o rapper Ja Rule. Ou as comédias “Biga Stan” com Rob Schneider ou a popular, mas não menos ruim, “Golpe Baixo” com Adam Sandler, esse é uma refilmagem de um clássico com Burt Reynolds e caso eu tivesse visto o original, ele estaria na lista. Mas coisa boa é o que não falta, inclusive filmes grandiosos e grandes clássicos do cinema! Bora conferir.

Grandes filmes passados na cadeia

Para começar, vamos de unanimidade. Poucos filmes são tão bem recebidos pelo público em geral como “Um Sonho de Liberdade”. A saga de fuga e paciência do condenado Andy Dufrese, vivido por Tim Robbins, quase que não tem contradições.

Não é por acaso, que no site IMDb, onde é possível dar notas aos filmes assistidos, “Um Sonho de Liberdade”, tem a maior avaliação entre o público, inclusive tem meu 10 ali. Com a média 9,3 e com mais de 3 milhões de votos, o filme está a frente de “Poderoso Chefão”, por exemplo. Baseado na obra do mestre do terror Stephen King, esse é mais um drama de cadeia que foi escrito pelo autor e que virou filme nas mãos do diretor Frank Darabont, que também dirigiu “À Espera de um Milagre”, que também é uma unanimidade e já foi indicado aqui no meu texto sobre filmes lançados no ano de 1999 (“À Espera de um Milagre” é o 25º melhor filme no IMDb e também conta com meu 10).

Destaque também para a presença e interpretação do grandioso Morgan Freeman, como mais um condenado e que faz amizade com nosso protagonista. Indicado está, mas na boa, duvido que alguém que tenha na rotina ver alguns filmes, já não tenha visto esse.

Disponível em: Shock Vídeo Café, acervo próprio e MAX.

Filmes passados na cadeia
Um Sonho de Liberdade

Inaugurado em 2002 após os atentados terroristas de 2001 contra os Estados Unidos, a prisão de Guantánamo tinha como objetivo prender suspeitos dos ocorridos em Nova York, o Pentágono e do voo 193 da United Airlines.

Só que ao passar do tempo, foram relatadas muitas situações onde suspeitos sem provas de estarem relacionados com tais acontecimentos eram mantidos presos. E esse é o caso revelado em “O Mauritano”, que é baseado no livro “O Diário de Guantánamo”.

Preso em 2002 Mahamedou Shali até confessou participação nos atentados depois de muita tortura física, psicológica e ameaças a sua mãe.

Que fique bem claro, nem e filme estamos passando pano para terroristas. Os fatos citados no filme são comprovados não só pela obra do autor, mas por documentos que só chegaram ao público através da luta de duas advogadas que lutavam por um Habeas Corpus de Shali até ele ser realmente condenado.

Destaque para as atuações da sempre ótima Jodie Foster, Benedict Comberbatch e de Tamar Rahim como o protagonista. Filme tenso e uma ótima pedida para que gosta de filmes com temas como julgamentos, júri e outra questões voltadas ao dia a dia de advogados.

Disponível em: MUBI e Amazon Prime.

O Mauritano
O Mauritano

Estrelado pelo sempre competente e carismático Paul Newman, “Rebeldia Indomável” tem uma pegada do clássico “Juventude Transviada” com James Dean. Mas no caso do filme de Newman, ele nem é tão jovem assim, pelo menos é o que aparenta, já está em uma idade que sabe bem das consequências dos seus atos.

E mesmo sabendo das consequências, Lucas Jackson faz questão de não cumprir as regras impostas pela sociedade e obviamente, seu destino é a prisão. E sua rebeldia continua por lá. Mesmo com as regras rígidas de uma cadeia, e atenuadas por conta das tentativas de fuga, Jackson faz questão de não segui-las, fazendo com que tenha total desprezo dos guardas, mas respeito com os outros detentos, se tornando uma estrela local. Atitudes que remetem a rebeldia, mas também uma auto afirmação.

Produção de 1967 que está a frente de seu tempo. Um clássico, repleto de grandes atuações e que merece ser contemplado pelas novas gerações. Viva a rebeldia!!

Disponível em: Shock Vídeo Café e acervo próprio.

Rebeldia Indomável. Filmes passados na cadeia.
Rebeldia Indomável

Lançado no ano de 1999 o livro “Estação Carandiru”, escrito pelo médico Drauzio Varella foi um sucesso. E poucos anos depois, virou um sucesso também nas telonas, apenas como “Carandiru”, quando foi dirigido por Hector Babenco, o argentino mais brasileiro do cinema.

Custei para ver esse filme, que também foi dos mais alugados nos meus tempos de locadora. Vi para esse texto. Conclusão é que eu deveria ter visto antes e revisto agora.

A obra reúne grande elenco com Wagner Moura, Lázaro Ramos, Rodrigo Santoro, Caio Blat e muita gente de peso. Não há um protagonista no filme. Mesmo sendo baseado nas passagens de Drauzio pela prisão, ele é mais um mero espectador dos ocorridos lá dentro e um ouvinte dos presos quando começam a relatar o que fizeram para estarem lá. Inclusive, achei a atuação do ator que interpreta o médico o único ponto negativo filme. Mesmo ao ouvir as mais dramáticas descrições dos presos, parece que ele estava sorrindo. Ou a cara de sonso mesmo.

Só sei que sua expressão não conduzia com o que estava ouvindo. Vou tomar cuidado no que vou escrever aqui. Mas Drauzio mostra um lado humano mesmo naquelas pessoas que estão ali sentenciadas por diversos crimes. Os presos conviviam em situações drásticas, tanto que, o principal motivo para Drauzio estar lá, era para orientar os presos quanto aos perigos da AIDS. Preso tem que pagar pelo que fez, é óbvio.

Mas é sempre bom lembrar que esse preso será reintegrado a sociedade e isso nãos sou eu quem estou dizendo e defendendo, é o que diz a justiça. Se ela é falha ou o quanto ela é falha, sinceramente eu não tenho a resposta. A questão é como ele será reintegrado. Nas condições que esses presos estavam, mesmo aquilo sendo um inferno, a tendência é que eles voltassem para lá. Quer dizer, não para o Carandiru, por que depois do massacre que vitimou 111 presos, ele foi desativado.

Bem, o negócio é não fazer burrada, pois aí não adianta ficar chorando, seja em casa ou em rede nacional. Vai ter que pagar.

Disponível em: Shock Vídeo Café, acervo próprio, Reserva Imovision e Nteflix.

Carandiru
Carandiru

Outro filme que eu custei para ver e só vi para escrever esse texto, foi “Fuga de Alcatraz”, protagonizado por Clint Eastwood, que é um dos meus diretores preferidos, mas não acho nada de mais como ator. Mas nesses papéis onde ele precisa interpretar caras sisudos ele se dá muito bem.

Sempre digo que é melhor assistir o filme antes de ler a sinopse, pois muitas vezes ela entrega algumas coisas que não precisamos saber, o que não é o caso desse filme, já que me surpreendeu esse filme ser baseado em uma história real. A prisão eu sabia, mas os feitos do personagem de Eastwood e outros dois presos, eu não imaginava e também não irei falar aqui.

Outro detalhe interessante é que o filme foi filmado dentro da prisão. É uma obra de 1979 e a prisão, considerada à prova de fugas até então, foi desativada em 1963. Um filme cheio de detalhes, minimalista e metódico, assim como deve ser a elaboração de uma fuga. Uma obra de que contrói muito bem seus personagens.

Quem está ali é uma questão, mas como ele foi para ali, nem tanto.

Ao contrário de “Carandiru”, não é um relato dos presos através de um interlocutor, é somente o dia a dia em uma das prisões mais seguras até então. Mas será que ela é tão segura assim?

Disponível em: Shock Vídeo Café, acervo próprio e Netflix.

Fuga de Alcatraz
Fuga de Alcatraz

Indo para a Europa, mais precisamente para a Espanha, temos aqui “Cela 211″, um drama tenso passado em uma prisão em rebelião.

Presos com menor pena estão separados dos mais perigosos e ambos estão afastados de membros do grupo ETA, que é um grupo basco separatista, acusados de terrorismo. O grupo tem suas reivindicações e as tratam com os diretores do presídio e funcionários enviados pelo governo espanhol. Mas há um detalhe. Um dos integrantes da rebelião, na verdade é um funcionário da cadeia novato e desconhecido dos presos, que precisa mentir para ter alguma chance de sobreviver.

Dois destaques aqui. Um é a atuação de Luis Tosar que interpreta Malamadre, o chefe da rebelião. O cara mete medo e se impõe com naturalidade, mesmo estando a cara de Colin Farrell no desastroso “Demolidor”, inclusive, quando esse filme foi lançado, achei que era um filme americano ou inglês (Farrell é irlandês).

Outra coisa muito positiva é a carga dramática, já que a esposa de Juan, o funcionário perdido no meio dos presos, está grávida e o filme não contemporiza com isso, até para mostrar a truculência dos guardas. E se os presos têm seus interesses, os engravatados que negociam também tem. E só uma dica.

Quem vocês acham que tem mais poder para vencer essa queda de braço?

Assisti o filme na Netflix, mas a legenda é uma bagunça. Tem coisa traduzida para o português brasileiro, coisa no português de Portugal e palavras que eles nem traduzem. Uma bagunça, mas a obra vale por cada segundo.

Cela 211
Cela 211

Só predada nessa lista.

Coisas boas e diferentes maneiras de relatar o que acontece em prisões. Então agora é só tirar sua tornozeleira eletrônica, sentar confortável no seu sofá e aproveitar as dicas.

Boa sessão e até a próxima!

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Foto de André Denadai

André Denadai

André é jauense, xvano, palmeirense e apaixonado por cinema e ele escreve periodicamente para o Jauclick.

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