Hoje, no primeiro dia de outubro, a Banda Caostropi lança no youtube e em todas as plataformas digitais seu primeiro cd – Brutalidade Jardim.
Conforme informações da assessoria da banda, o Caostropi é um quinteto do interior paulista que retrata em sua paisagem sonora uma acidez típica dos trópicos, onde contradições cotidianas são embaladas delicadamente em texturas, reverberações e ritmos que transpõem o ancestral em linguagem contemporânea.
De elementos percussivos sobrepostos em ruídos rompem com um pretenso rock alternativo tropical, tomando liberdade para experimentalismos no ambiente de pesquisa criativa que acompanha a formatação da banda.
Formada em 2.019, o Caostropi tem três jauenses, Rafael Ferrucci na guitarra e vocal, Ricardo Cezário na guitarra/sampler e Vitinho Martins na bateria. Se juntam aos “ jauínos” Vinicius Kirbi de Franca que comanda viola, percussão e sintetizadores e o campineiro Rodrigo Padula no contrabaixo.
Para situar a galera de Jaú, Rafa Ferrucci é o guitarrista e compositor do Psiconauta, Ricardo e Vitinho são integrantes da banda instrumental Mais Valia.
Vale lembrar que o Mais Valia e agora a recente Caostropi são bandas predominantemente focadas no som autoral. O Psiconauta tem em seus shows covers, mas o foco recente da banda são suas músicas próprias.
Voltando ao Caostropi, sobre as faixas do cd Brutalidade Jardim a banda discorre que a obra se apresenta e tece a atmosfera daquilo que se tem em vista dos membros ao trazer uma experiência sensorial capaz de causar a reflexão das contradições cotidianas tropicais em seu estado bruto, assim, não à toa as melodias surgem de forma familiar, pois atingem uma colagem de sonoridades única que se alinham às múltiplas personas a quem os versos se direcionam.
Nessa toada de informação, o Blog bateu um papo rápido com Ricardo Cezario, guitarrista do quinteto.
Moraes: Fala Ricardo, tudo certo? Fala para blog como foi o encontro e formação da banda.
Ricardo: Rafael mostrou as ideias de alguns sons no violão, a partir daí instigamos de formar uma banda com liberdade criativa pra arranjar, produzir e gravar as músicas. O trampo é resultado de um processo em busca da autossuficiência produtiva, foi todo produzido e gravado por nós mesmos, tanto individualmente (cada um na sua casa) quanto em ocasiões especiais onde nos encontrávamos pra experimentar e compartilhar ideias.
M: Com foi a concepção sonora das faixas do cd?
R: Em nenhum momento combinamos influências explícitas entre nós, a ideia sempre foi a de que a soma do coletivo criasse uma variável inédita e uníssona, onde cada um pudesse trazer sua pesquisa e expressões em relação a ideia central. Por isso foi vital cantar em português, com liberdade pra poesia e crueza narrativa sem tarjas, experimentamos com viola caipira e sintetizadores, acordes maiores e ruídos atonais, contradições pós modernas na periferia global.
M: Após o lançamento do cd, quais são os objetivos e projetos futuros?
R: Queremos estreitar laços com pessoas que se conectem com o trabalho, encontrar maneiras efetivas de difusão para que possamos rodar com essas músicas e multiplicar a energia aplicada no processo. Obviamente o contexto político, econômico e social é muito triste, isso faz com que sejamos desafiados a buscar formas distintas de viabilizar as manifestações artísticas em tempos de guerra contra a verdade. Não precisava ser assim, mas a cultura alternativa sempre enfrentou adversidades e é especialista em lutar e resistir. Queremos oferecer uma experiência provocativa pro ouvinte, tomamos conta do processo visual do trabalho com tanto cuidado quanto o sonoro, então fica a dica pra quem quiser mergulhar nos conteúdos, a ideia é levar essa psicodelia visual interativa para as apresentações ao vivo.
É isso ai, mais uma produção quase inteira jauense eheheh.
Vida longa ao Caostropi!!
Ouça o cd Brutalidade Jardim inteiro:
Singles já lançados
Instagram: instagram.com/caostropi
BRUTALIDADE JARDIM – O QUINTAL NA PORTA DA ENTRADA DO CAOSTROPI
Assessoria – Caostropi
Em um vislumbre amplo dos lapsos sociais presentes no Cone Sul, a CAOSTROPI chega com seu álbum de estreia ‘Brutalidade Jardim’ na próxima sexta (01/10), pairando sob um horizonte que retrata em sua paisagem sonora uma acidez típica dos trópicos.
Após percorrerem pelos singles Dia do Fogo, Ruína e Panorama do Pio dos Pássaros, canções acompanhadas de clipes que trilham um só espectro, e que a partir de elementos b brasileiríssimos sobrepostos em ruídos, rompem com um pretenso rock alternativo tropical, tomando assim a liberdade do experimentalismo no ambiente de pesquisa criativa que acompanha o propósito da banda.
Criada ao final de 2019, a banda paulista CAOSTROPI se funda em um momento em que a sociedade se viu diante de um distanciamento social, o que agravou de forma direta os vales das desigualdades, perspectiva esta que despertou nesse encontro de frequências a atenção aos atravessamentos urbanos, que após internalizado, se manifestou em uma só voz daquilo que chega ao peito.
Ao longo de 7 faixas, a obra se apresenta e tece a atmosfera daquilo que se tem em vista dos membros ao trazer uma experiência sensorial capaz de causar a reflexão das contradições cotidianas tropicais em seu estado bruto, assim, não à toa as melodias surgem de forma familiar, pois atingem uma colagem de sonoridades única que se alinham às múltiplas personas a quem os versos se direcionam.
‘Brutalidade Jardim’ abre os caminhos e envolve com sólida mensagem, em uma semiótica artística de colagem que extravasa o campo sonoro e abrange também a experiência visual, um convite a brindar a resistência da expressão popular enquanto se acompanha o poder ruir!
FICHA TÉCNICA BRUTALIDADE JARDIM
Rafael Ferrucci: Guitarra/vocal
Ricardo Cezario: Guitarra/sampler/soundesign
Rodrigo Padula: Baixo
Vinicius Kirby: Percussão/viola/sintetizadores
Vitor Martins: Bateria
Produção Executiva: Raul Domingos
Mixagem: Wolf Gadelha/Toca do Lobo Records, exceto ‘Dia do Fogo’ e ‘Ruína’: Diego Fadul
Masterização: Wolf Gadelha
Arte da capa: Bárbara Massuela
Contato: caostropi@gmail.com