Ontem rolou show do Frejat em Jaú, no Caiçara. Por não ser sócio, estava conformado em não ir etc e tal. Ai começa a chegar os vídeos dos amigos e nas redes sociais. No primeiro vídeo do “Porque a gente é assim” do Zampa, ele no gargalo, já me arrependi de não ter ido.
Ai começou pipocar outros: “Maior Abandonado”, “Por Você” até uns Tim Maia, Raul, e assim vai.. Bateu arrependimento total.
Eu sempre digo que nunca sei qual banda do rock nacional eu prefiro. Sempre transito no Barão, Titãs e Paralamas.
Quando eu comecei a curtir o rock ´n roll, o Cazuza já tinha saído do Barão. De moleque comecei a acompanhar a era Frejat. Mas peguei gosto real mesmo para o Barão quando gravei uma fita K7 do disco Barão ao Vivo no Dama Xoc (1989) que peguei emprestado do Enrico Barauna.
Aquele que começa com a frase emblemática do Frejat “É o seguinte, agora o rock ´n roll vai rolar e é direto”. A sequência das quatro primeiras Ponto Fraco – Carne de Pescoço – Pense e Dance – Bete Balanço (Eu quero ouvir todo mundo cantando comigo). E assim vai.
Isso era meados de 1.990. Na época, tinha a banda Skilo sem Grilo com Diniz nos vocais, Spilari no baixo e vocal, Pedro Merlini na guitarra e Armandão na bateria. Eles tocavam várias deste disco.
Para vocês terem uma idéia, houve uma festa na River Side (ex General) chamada Primeira Noite Cover. O Skilo colocou no repertório daquele show apenas duas bandas – Barão e U2. Eu vendi convite para esta festa!
E eles tocaram o Dama Xoc quase na íntegraaaa. Acho que rolou inteiro viu.
Em 1.992 o Barão fez a única apresentação aqui em Jaú. Foi no Flavio de Mello, Turnê “Furia e Folia 92-93”. Era o disco Supermercados da Vida.
Frejat, Guto Goffi, Mauricio Barros, Peninha na percussão, Rodrigo Santos e Fernando Magalhães, esses dois últimos, como já sabido, fizeram alguns shows no General.
Que show do Barão! Só clássicos, as novas do Supermercados da Vida (Pedra Flor e Espinho, Flores do Mal entre outros) e um medley no final sensacional com Declare Guerra-Maior Abandonado – Não me Acabo. Tinha mais uma no medley que não lembro. Nessa hora o percussa Peninha me pega o extintor do palco e sai jogando na galera ahah (será que foi ele que inspirou o Bardi naquela festa do Galpão Brasil?)
Falando em Peninha, no dia do show, estava em frente o Renan´s, do lado da farmácia do Fini no centro da cidade. Estava eu e Marcio Pegorari, o Batalha e ledo engano, o Paulo Roberto Eleutério, o Bereba. Do nada, Peninha adentra a farmácia do Fini. Olho ele e cumprimento. Ai ele saiu e olhei na hora para os dois e sem pensar fomos atrás dele e encontramos todos do Barão, menos o Frejat, na galeria do Hotel Jau. A banda estava hospedada no Turin Hotel. Pegamos autógrafo de todos que estavam la.
Depois desse show, os únicos Barões que vieram para Jaú foram o Rodrigo Santos e Fernando Magalhães. No General.
Edinho, percussa daqui, participou do show. Ele foi influenciado totalmente pelo Peninha.
Os shows do Rodrigo Santos era também um tributaço do rock nacional. E era demais da conta as conversas com Rodrigo e Fernando no camarim do General. Para mim meio inexplicável.
Tive o prazer grande de montar com o Paulo Pin o Barão 30 em meados de 2.011.
O Matahare já tinha essa pecha de representar bem o Barão na fase Frejat, principalmente com o Paulo Pin no vocal, voz parecida com a do Frejat. A banda que mais marca o Matahare é o Barão com Frejat!
Voltando, para não confundir com o Matahare, montamos o Barão 30 com Paulão no vocal, Betinho e PC nas guitarras, Vermeio no contrabaixo, Gigão na bateria e Edinho na percussão. Rolaram vários shows na cidade, no General (sempre umas dobradas com o Super Trunfo representando a fase Barão com o Cazuza), Parque do Rio Jahu e teatro.
No Elza Munerato em 2.014, a trupe fez um dvd do show muito bom!
Eu gosto bem da fase do Cazuza, tenho cds, os solos dele também mas o Barão com o Frejat é uma das maiores de todos os tempos do Brasil.
O Frejat já é grande demais de conseguir prosseguir por mais de 20 com o Barão mesmo com a saída de um vocalista tão emblemático como o Cazuza.
E agora esse show do Frejat no Caiçara que está repercutindo bastante.
E com 60 completados em maio, Frejat chegou no patamar dos grandes do país. Quando você chega nesse topo, tu faz o que quiser no palco. E parece que foi isso sexta no Caiçara. Ele tocou as do Barão, as da carreira solo, as do Cazuza e Tim Maia, Rita Lee, Raul entre outros.
Mas não vai faltar oportunidade! Vamos torcer para ele voltar e quem sabe eu até trabalhe em um showzinho do Frejat em Jaú eheh. Imagina??? Nessa vida não para prever nada, nénão!
Adendo final:
Eu acho Pro Dia Nascer Feliz a música mais legal do rock nacional! O Galdino, meu grande amigo que está na Califórnia e que foi vocalista do Matahare e tocava vários Barões passou um réveillon no litoral.
E na MEIA NOITE daquele reveillon queo Gal passou na praia, a banda tocou Pro Dia Nascer Feliz.
E ele me contou e isso ficou na minha cabeça.
Tomando uma cerveja em 1.998 na AABB com o Fernando Milani (o Coquinho do Circênico) e o João Virgilio Sampaio, propus para eles de fazer um Reveillon de rock n roll diferente que rolava no Jahu Clube Campo na época.
Ai veio a idéia de propor para a Turma da Bocada fazer junto conosco.
E o primeiro Reveillon da Bocada surgiu naquele ano na virada para 1999. O resto vocês já sabem!