26 de maio de 2.024.
Domingo passado Marcelo Lima do Amaral Carvalho completaria 50 anos.
É sempre duro no dia 26 de maio sempre dizer que Marcelo Lima “completaria” e “não completa”. Sempre foi difícil. Mas desde 01 de julho de 1.995 o querido Lima está no céu.
Marcelo nasceu Lima em 1.974 e pouquinho depois se tornou Amaral Carvalho também. A mãe dele, Tia Angela casou com irmão da minha mãe, o Tio Tino, Isaltino. E trouxe o Marcelo para a nossa família! Grande acerto!
Ele foi um dos primos meus mais próximos. Dois anos de diferença. Lima me mostrou vários sons. Ele gostava muito de música.
E daqueles goleiros polêmicos em que catava muito e dava umas escorregadas ahahha. No Caiçara ele era uma personalidade como guarda-metas. E Tia Angela, mãe dele dava um show na torcida.
A Família Lima de Jaú (não a do ex-da Sandy) tem uma verve musical muito forte.
O avô dele, o Lima, era da Orquestra Continental do Waldomiro de Oliveira. Lembro muito do Lima mostrar a guitarra havaiana do avô que partiu cedo também. O Zé, irmão da Tia Angela, é ótimo músico. Tocou na banda Hexágono. O irmão caçula, Isaltininho – o Isal, é um baita músico e percorreu os bares da cidade, foi do grupo Corda de Barro e vocalista da banda Selo Brasil.
Marcelo começou a tocar guitarra e confesso que era dos Lima, o menos talentoso mas uma figura no palco. Ele tocou no Mr. Magoo. Lembro de ver um show da banda no Clube América. E lembro perfeitamente da performance apoteótica do vocalista Gustavo Rett, o Buxu, no final do MDC do Raul Seixas.
Depois não lembro dele participar de outras bandas mas lembro muito dele na banda do Dudu Galvão. Formação com Dudu nos vocais e violão, Lima na guitarra, Rodrigo Galdino no violão, piano e vocais, Adriano Francischini no contrabaixo e Guto Campana na bateria. E sempre na formação tinha alguns convidados como o Luiz Antonio Boi na faixa abaixo.
A banda do Dudu nesta época tocava em várias festas e bares da cidade. E essa fase da minha vida foi muito boa. Além de Dudu primo também, o Lima e Galdino, um dos meus melhores amigos, estava na formação. E todo mundo que fazia parte da banda, ia agregando na turma como o Adriano que conheci mais nesta época e ficou meu brother até hoje.
Ele tocou na banda do Dudu até 1.995. Aliás, estava com o próprio Dudu no Ar Livre quando nos contaram do acidente automobilístico.
Lima não resistiu e partiu no dia 01 de julho de 1.995. Um dos dias mais tristes da minha vida! No dia do enterro, lembro do Beto encostado no muro do velório na frente da Industrial, chegando de um show do Estado de Shock. A morte do Lima aproximou muito minha amizade com o Betinho.
Ele na escola, era da turma do Beto, Ortigoza, Fer Lazzari, Morelli, Jackson Yasbeck e vários outros.
A partida precoce do Lima deixou uma lacuna. Ele era amigo de todo mundo. Muito querido por todos. Ele sempre fez falta. E lembrando de como ele tratava seus irmãos Cristina e o Isaltininho quando eram pequenos, daria para imaginar bem o tio que ele seria.
Era um cara agenda positiva demais. E repito, é sempre duro todo dia 26 de maio sempre dizer que Lima “completaria” e “não completa”. Mas o que fica é lembrança boa!
Viva o cinquentão Lima!!!
Andrézão, Lima, Eu e Nando Reis
Minha Tia Angela trabalhava no Comércio do Jahu e minha mãe tinha uma coluna social no jornal chamada Destaques.
Lá por 1.988, fomos na Fazenda Frei Galvão visitar o Tio Zezé, irmão da minha avó Carlotinha. Tio Zezé é avô do Nando Reis.
O Comércio mandou o fotógrafo Neto Ormelese para tirar uma foto do Nando Reis que estava passando férias por Jaú. E Tia Angela tabelou para irmos juntos. Fui eu, o Lima e o André, outro primo nosso que também estava de férias por aqui.
Nesta época Marvin estava estourada nas paradas. Ledo engano, a música foi um dos primeiros hits nacionais que estourou do Titãs com o Nando vocalista. Ela é do “Titãs” de 1984, mas estourou no “Go Back Ao Vivo” para todo país.
Cena surreal! Tio Zezé nos puxou para mostrar no video-cassete a gravação do Titãs no Globo de Ouro tocando Marvin. Estava todo orgulhoso mostrando o neto na tevê e Nando Reis do lado com um banjo acompanhando o som.
Netão tirou as suas fotos para a matéria e registrou essa foto que é histórica para a minha vida.
Tal qual o Marcelo Lima, o André partiu bem cedo também no ano de 2.004. Outra perda irreparável para mim e para toda família. Era filho da minha Tia Beatriz, irmã da minha mãe.
Vida que segue! O Importante são os momentos inesquecíveis que as pessoas proporcionaram nas nossas vidas. O registro está nas fotos, na nossa mente e principalmente no nosso coração.