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Cine Denadai

De bar em bar e de filme em filme

Filmes em bares revelam que esse cenário pode ser divertido, nostálgico ou até sombrio. Veja a seleção completa do André Denadai.

Um dos textos que mais gostei de escrever até hoje, foi o de filmes com bebedeiras. Filmes que romantizavam ou problematizam o consumo alcoólico deu uma lista com ótimos filmes. Esse é diferente.

Ele não fala necessariamente em tomar uma bebida, que é a principal atividade realizada em um bar, mas sim, de histórias que tem como pano de fundo esse lugar que me agrada muito. Seja mais gourmet ou copo sujo. Seja de rock ou de pagode.

Pode ter certeza que estarei feliz em estar frequentando um bar. Até por que estarei com amigos e amigas! Mas será que estar em um bar é sempre positivo. Pelo o que vocês verão nessa lista, a coisa pode não ser tão agradável assim.

Digo isso, pois começo com um filme que me fez delirar na adolescência e me apresentou Quentin Tarantino. “Um Drink no Inferno” não é dirigido por Tarantino, mas tem em sua autoria o roteiro, além de ser coadjuvante e irmão do protagonista George Clooney. O encontro no bar Titty Twister, perto da fronteira entre EUA e México, tinha como objetivo dividir o dinheiro de um assalto bem sucedido para os irmãos. Mas acaba se tornando um pesadelo para eles e para a família de um pastor em dúvida em sua fé, sua filha e seu filho.

Tudo isso por que, ao anoitecer o bar se revela um reduto de vampiros sedentos de sangue humano. Aos desavisados que ali chegam, não tem muito o que fazer. Embalados pela música da ótima banda Tito & Tarantula, temos como ápice no filme, pelo menos para mim, a dança sensual de Salma Hayek ao som de “After Dark” da banda já citada. Sensual e mortal, já que ela está jogando no time adversário nessa situação.

Bem, como já cansei de escrever por aqui, “Um Drink no Inferno” também é vítima de seu próprio sucesso. Duas continuações desnecessárias, incluindo uma com Sonia Braga e uma série que entre assistir ou entrar no bar Titty Twister a meia noite, eu ficaria com a segunda opção. Fácil!

Disponível em: Shock Vídeo Café e acervo próprio.

Se tem um lugar que cultua a cultura do bar, é a Inglaterra.

E é para lá que vamos nessa nossa próxima indicação. Em “O Último Pub”, temos uma pequena cidade no país em que tudo anda meio decadente devido ao fechamento das minas que em outra época, foi seu maior pilar econômico. TJ, o dono do pub, luta bravamente para manter as portas de seu estabelecimento aberto.

Sua sorte, é que o povo de lá parece que toma cerveja no café da manhã, mas mesmo assim, seus negócios não andam bem. É quando a cidade recebe imigrantes sírios que a rotina local muda. População preconceituosa que não ceita essa chegada. Ao contrário de TJ que faz uma bela amizade com a aspirante a fotografa Yara. E isso gera um grande incomodo em seus clientes e até então, amigos.

Vários filmes ingleses que eu já vi relatam uma grande greve de mineiros ocorrida na década de 1980 e “O Último Pub” também revive esse momento crucial para muitos trabalhadores. Um filme bem bonito, que fala sobre empatia ao próximo e aos mais necessitados, algo que parece cada vez mais incomum nos dias de hoje.

Esse filme, com certe irá reaparecer em meus textos na lista de melhores do ano.

Disponível em: Reserva Imovision.

O que é melhor do que um filme passado em um bar? Fácil.

Um filme que é passado em vários bares. Novamente na Inglaterra, temos “Heróis da Ressaca” (o título traduzido é tão ruim que ficou bom), uma comédia do excepcional diretor Edgard Wright (“Todo Mundo Quase Morto”, “Chumbo Grosso”, “Em Ritmo de Fuga”, “Noite Passada em Soho”). A trama é uma viagem digna de uma bebedeira inesquecível, quer dizer, para ser épica, a bebedeira teria que ser esquecida na manhã seguinte.

O que parecia a segunda tentativa de cinco amigos em finalmente completar a odisseia da bebedeira em vários pubs, passa a ser a última esperança da vida humana na Terra. Sim, o título original do filme é “World’s End”, assim como o nome do último pub da via sacra etílica dos amigos.

A obra marca uma parceria hilária do diretor com Simon Pegg e Nick Frost, além desse, os dois primeiros filmes acima citados, também tem esse trio. E os dois atores mandam muito bem nas comédias. Essa é ótima e vale a pena ser conferida.

Uma pena que, assim como nossa dignidade, esse filme desapareceu e não está em nenhum streaming no momento.

Eu tenho a teoria que filmes legais nem sempre são bons e filmes bons nem sempre são legais.

Por exemplo, eu gosto muito de um filme que chama “Preciosa” é excelente, mas está longe de ser legal, tanto que nem tenho coragem de ver novamente. Já dou outro lado da moeda, temos a refilmagem de um clássico dos anos 80 estrelado por Patrick Swayze. “Matador de Aluguel”, o de 2024, é ruim, mas é legal. Por isso indico ele aqui. Desliga o cérebro e boa diversão.

E o que faz essa história de um ex lutador do UFC (deve ter rolado uma bela grana dessa liga de MMA para fazer esse filme), que agora é segurança de um bar ser tão legal?

A direção e a edição são ágeis dando um dinamismo acelerado nas cenas, principalmente as de brigas dentro do bar. E as músicas. As músicas são ótimas! Rock, Country e reggae são tocados por bandas em palcos que parecem jaulas, que servem de proteção para os músicos diante das previstas batalhas de bêbados recorrentes no local.

Dessa vez, o filme é estrelado pelo versátil Jake Gyllenhaal e tem como coadjuvante uma das piores coisas que já vi em filmes até hoje. Connor McGregor, ex lutador real do UFC, é um bárbaro assassino contratado para dar fim ao personagem de Gyllenhaal e temos aí a pior atuação e todos os tempos! O cara nem aparece tanto quanto eu achei que ele iria aparecer, deve ser por que é agonizante vê-lo em cena. Mas mesmo assim, o filme é legal.

Gosta de ação? Veja esse filme! Gosta do original? Veja esse filme. Não gosta?  Veja também.

Disponível em: Amazon Prime.

Para finalizar, chegamos ao Brasil. E se tem uma coisa que combina com bar, é praia. E se falamos em praia, lembramos de Rio de Janeiro. E é mais precisamente em um bar de Ipanema que uma playbozada de meia idade se reúne para fazer beber e falar asneira e não há lugar mais apropriado no mundo para se fazer isso.

O bar se chama Esperança, assim como o filme. Em “Bar Esperança, o Último que Fecha”, além das chateações e preocupações do dia a dia, os frequentadores do local tem uma nova apreensão, vinda de uma notícia que o bar está par fechar e dar lugar para um grande empreendimento.

Como protagonistas, temos Hugo Carvana e Marília Pêra como um casal de trabalhadores da televisão. Ele como roteirista e ela como atriz. Apesar do glamour que a profissão aparente conceder, Zeca, personagem de Hugo Carvana, está em meio crise criativa e Ana, personagem de Marília Pêra, em um dilema com sua personagem na novela.

Junte-se a isso, uma crise conjugal que deixa o clima pesado até quando eles frequentam o bar, que era para na verdade, ser um refúgio de paz para os dois até então. Há outros ótimos personagens, com destaque para o garanhão vivido por Paulo César Pererio e sua belíssima esposa vivida por Silvia Bandeira em cenas maravilhosamente estonteantes!

Como estamos falando de playboys, tem um personagem bem chato também, chamado de Passarinho. Um bar é democrático e tem espaço inclusive para gente desagradável.

Disponível em: Shock Vídeo Café.

Gosta de bar? Gosta de filme? Eis aí a lista perfeita para você, que assim como eu, gosta de revezar um bom filme com uma cerveja com os amigos em um bar, pois a se você estiver lendo esse filme a noite, é uma dessas duas coisas que eu farei.

Boa sessão e até a próxima.

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André Denadai

André é jauense, xvano, palmeirense e apaixonado por cinema e ele escreve periodicamente para o Jauclick.

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