Durante o mês de Novembro, o Instituto Circênico realizou o Festival Saltimbancos em lona montada no Campo da Polícia Militar. Com o sucesso das sessões do mês passado, o grupo abre as últimas sessões para 04 e 05 de dezembro.
Fernando está na luta pela arte faz tempo. Desde o final dos anos 90 se embrenhou pelas artes cênicas e do circo. Antes, Fernando foi dono do Jahu Clube Centro e Galpão Brasil. Fez várias festas no Jahu Clube Campo também.
Comigo, fizemos juntos uns shows no Galpão Brasil, no João Guerino em 1.999 e fizemos e idealizamos juntos o primeiro Reveillon da Bocada 98-99 na AABB.
No bate papo comigo, Fernando falou do Festival, do futuro do Circênico, artista na pandemia e outras coisas…
Blog do Moraes – Qual foi a expectativa das apresentações de novembro na questão de público e a repercussão do festival como o todo..
Fernando – Bem eu gosto sempre de não esperar muito e sempre me dedicar ao máximo, aí o resultado vem. Planejamos essa temporada de apresentações em conjunto com toda a nossa equipe, para acontecer na medida certa. O formato, o número de apresentações e também a montagem de toda a estrutura. Muita gente se dedicou.
Ainda estamos em pandemia, então limitamos a capacidade de público de acordo com os protocolos recomendados, mas estendemos a temporada. Ainda assim faltam ingressos. Ao todo devem passar aproximadamente 2.000 pessoas que estão saíndo profundamente surpresas com a qualidade do trabalho e o mais importante, felizes.
Isso é um bom sinal, Como eu disse: Dedicação traz resultados. Dez por cento de inspiração e 90 de transpiração, assim é que é.
Blog do Moraes – Quais foram os outros espetáculos dos outros festivais e porque a escolha do Saltimbancos para 2.021?
Fernando – Nem sei dizer (rs), sei dos próximos, o que foi já foi. Por que os Saltimbancos? Também não sei dizer, estou descobrindo. Não somos nós, diretores e artistas que escolhemos a peça ou o papel. Com o tempo entendemos que somos escolhidos a fazer determinado trabalho. É a oportunidade de se expressar através da obra. É necessário que o artista entenda isso.
Os Saltimbancos é o que nosso público está precisando assistir, o que os alunos das oficinas estão precisando vivenciar. É divertido, traz uma crítica social e é muito rico musicalmente. E o ambiente do circo potencializa tudo isso. Toda essa emoção.
Blog do Moraes – Existe previsão para apresentações em dezembro e quem sabe férias de janeiro?
Fernando – Agora em Dezembro faremos as duas últimas apresentações dos Saltimbancos nesse final de semana, dias 4 e 5.
Depois apresentamos a Mostra de Natal, dia 10 em Santa Cruz do Rio Pardo e no dia 17 terminamos o ano com o Lançamento do curta Metragem “O Bem Sempre Vence “ , produzido pelo Centro Cultural Special Dog , também em Santa Cruz. Dois projetos que também demandaram bastante dedicação, sempre de muita gente.
Blog do Moraes – Sabemos que a classe artística sofreu demais na pandemia. Como o Circênico se virou neste biênio maluco e atualmente quais são as atividades do Circênico.
Fernando – Começamos a pandemia com uma série de cancelamentos de espetáculos que aconteceriam já na semana seguinte as restrições. E por aí foi. Dançando conforme a música e também sem música né. Tudo ficou bem tenso.
No Circênico, decidimos nos mantermos unidos, todos juntos até o fim. Veja aí a lição dos Saltimbancos aparecendo ai. “Todos juntos somos fortes”. E tudo foi dando certo.
Hoje desenvolvemos e executamos projetos culturais. Dentro das atividades temos o circo, o teatro, a ginastica artística, pole dance, tecido aéreo, e parkour. Dentro do circo um pouco de tudo.
Atendemos desde crianças de 2 anos até a idade que tiver a pessoa que se dispor. Hoje a procura de adultos está cada vez maior. Principalmente as mulheres.
Blog do Moraes – O Circênico está na ativa em 2.004. Como foi viver de arte em uma cidade do interior de são Paulo. Foi difícil a compressão ou até aceitação?
Fernando – Difícil resposta né! Delicada. Não gosto de pensar nisso. Foi difícil? Sim. Agora é mais fácil? Pode ser, a gente vai ganhando conhecimento com o tempo, mas vai ser sempre trabalhoso.
Como tudo pra dar certo. Aumentam as facilidades pelo entendimento sociocultural que vai se formando ao entorno, mas aumentam também os desafios e as reponsabilidades.
E também a inveja e o olho gordo kkkk. Mas a gente entende perdoa e supera.
Blog do Moraes – O que esperar do Circênico em 2.022?
Fernando – Mais amor e mais sorrisos.
Mais obstáculos superados e mais sonhos alcançados.
Permeados por lágrimas de emoção e gotas de suor.
Mais corações transformados.
Semeados com a magia do viver.