Existem atrizes e atores que ficam eternamente ligados em personagens que tenha interpretado no cinema, independente da fama posterior que venham alcançar.
Harrison Ford não é só o “Indiana Jones”, Audrey Hepburn não é só a “Bonequinha de Luxo”, mas isso acontece de tempos em tempos, principalmente quando o personagem e o filme alcançam um sucesso absurdo.
E esse é o caso de Margot Robbie com “Barbie”. Confesso que não me lembro de um marketing tão forte em cima de um filme e o resultado pode ser visto no alto faturamento nas bilheterias.
Óbvio que não é preciso de muitos esforços para divulgar qualquer coisa da Barbie, mas mesmo assim, precisa ser algo bem feito. E bem feito, me parece, que é o filme. Ainda não vi, mas vou assistir, mas tenho confiança nas pessoas que encabeçam a direção e o roteiro do filme. Greta Gerwig já se mostrou uma excelente diretora em “Lady Bird: A Hora de Voar” e “Adoráveis Mulheres” e Noah Baumbach é um dos melhores roteiristas do momento com filmes espetaculares como “A Lula e a Baleia” e Histórias de um Casamento”.
Mas vamos lá, hoje vou indicar e falar um pouco sobre 5 filmes de Margot Robbie. Começando com o que provavelmente seja o filme responsável pela ascensão da atriz. Em “O Lobo de Wall Street” tanto Leonardo Di Caprio, como qualquer pessoa, acabou ficando espantado com a beleza da atriz, já que é impagável a cara do ator na cena que vê Margot pela primeira vez. Antes desse filme, tivera papéis de não tanto destaque em outras obras, mas chegou dando voadora no lustre nessa comédia sobre personagens da bolsa de valores americana dirigida pelo melhor: Martin Scorcese!
Um filme que beira o absurdo em algumas cenas, como a que Di Caprio e Jonah Hill estão chapados tentando entrar em um carro ou incontáveis momentos repletos de situações ilícitas, acabam fazendo que com que suas 3 horas de duração seja um programa totalmente prazeroso, principalmente nas cenas que Margot Robbie aparece e nada mais ao lado seja merecedor de desvios de olhares.
Margot não é só bela, mas extremamente talentosa e isso faz com que grandes cineastas queriam trabalhar com ela e numa dessas, a atriz também teve a oportunidade de trabalhar com Quentin Tarantino.
Alguém que já tenha assistido mais que 5 filmes na vida deve conhecer esse cara!
Em “Era uma vez em…Hollywood”, Margot interpreta nada mais nada menos que a atriz Sharon Tate, esposa do ótimo/polêmico diretor de cinema Roman Polanski, em uma época que…bem, não vou falar o que acontecia nessa época. Tem a ver com Charles Mason e já citei os ocorridos nesse encontro no meu texto de serial killers, citando o filme “Helter Skelter”.
Não vou citar por aqui, já nesse filme Tarantino dá uma visão mais ficcional dos fatos, algo que ele também fez em “Bastardos Inglórios”. Nesse filme também temos a presença de Brad Pitt e, mais uma vez contracenando juntos, Leonardo Di Caprio. Nesse caso, Sharon Taton e Rick Dalton (personagem de Di Caprio) são vizinhos e tem a mesma profissão e a trama está quase toda inserida na indústria cinematográfica daquela época. O filme tem a marca de Tarantino.
É repleto de diálogos longos e ácidos e um filme memorável!
Num papel mais de coadjuvante, Margot também está no delicado e simpático “Adeus Christopher Robin”, na cinebiografia de Alan Milne, escritor e dramaturgo inglês, que é o responsável pela criação dos personagens do Ursinho Pooh.
Esse filme tem muito da minha simpatia, já que se trata de um dos meus desenhos preferidos e também me identifico muito com o Pooh (que só quer comer e dormir).
Na trama, ao voltar da 1ª Guerra Mundial, Alan e esposa, interpretada por Margot, se mudam para o interior, onde o escrito pretende escrever uma nova história e, após muito tempo distantes devido a guerra, ele usa seu filho como inspiração e numa tentativa de aproximação com a criança.
Filme que deve ter sido pouco visto, mas que vale a pena, principalmente para quem é fã do urso comedor de mel e amigo de um leitão!
Já em “Dreamland: Sonhos e Ilusões”, presenciamos um clima de Bonnie & Clyde, onde Margot interpreta uma ladra que se esconde numa propriedade rural após ser ferida em sua última ação. Nesse local vive um insatisfeito garoto que sonha em sair de lá e que encontra na maluca vida da ladra, uma possível válvula de escape do marasmo de seus dias.
Vivendo na indecisão de denunciar a criminosa, ele foge com a moça e, após o convívio e as coisas novas que começa a viver, o garoto acaba se apaixonando.
Daqueles típicos filmes onde torcemos para nossos protagonistas, pois transparecem muito carisma em tela, fazendo com que até mesmos suas piores atitudes seja ignoradas.
O filme que mais rendeu prêmios e reconhecimento da crítica especializada para Margot Robbie foi “Eu, Tonya”. A trama gira em torno de Tonya Harding, famosa e premiada patinadora americana que viu seu nome passar das páginas esportivas para as páginas policias. Para se beneficiar em um campeonato nacional de patinação, Tonya teria machucado propositalmente uma de suas concorrentes.
O filme também foca muito na relação que Tonya tinha com sua mãe, que era uma obcecada pelo sucesso de sua filha, inclusive a privando dos estudos e de atividades normais para qualquer criança.
Além disso, soma-se um relacionamento abusivo com o amante e futuro marido que foi um dos responsáveis pelo atentado, fazendo com que fique evidente que Tonya não foi uma mulher e nem uma esportista feliz, principalmente pela cobrança das pessoas que estavam em seu entorno.
Ressalto aqui a bela reconstrução de época do filme e dos ótimos momentos em que o filme retrata o esporte.
Essas são as dicas, provavelmente alguns outros filmes poderiam estar nessa lista, mas ainda não assisti, seria os casos de “Asteroid City”, “Babilônia” e “Amsterdan”, mas ficam para uma próxima.
Onde assistir:
Eu, Tonya: Netflix, Shock Video Café e meu acervo próprio
Dreamland: Sonhos e Ilusões: Amazon Prime
O Lobo de Wall Street: Amazon Prime, HBO MAX, Shock Video Café e meu acervo próprio
Adeus Christopher Robin: Star+ e meu acero próprio
Era Uma Vez em…Hollywood: Shock Video Café e meu acervo próprio