Cine Denadai

Cine Denadai: Dicas de Documentários

Dicas de Documentários que exploram temas impactantes, desde a convivência com ursos até a captura de baleias orcas para entretenimento.
Dicas de Documentários

Documentário é o gênero mais antigo do cinema, inclusive, a primeira exibição nas telonas foi de um pequeno recorte do cotidiano parisiense, mais precisamente de uma estação de trens local. Em “A Chegada do Trem na Estação” tem duração de pouco menos de 50 e data de 1896.

O gênero, assim como todo o cine, evoluiu, mas essência dos documentários foi mantida e está sempre focado na verdade por trás da história, não que os outras gêneros não tenham esse compromisso, mas por questões mercadológicas eles acabam colocando mentiras, ou melhor, inverdades até em filmes baseados em eventos reais. Mas sem sempre é possível distinguir até onde está a verdade em um documentário. Há alguns dias faleceu Morgan Spurlok, documentarista que realizou uma obra de muito sucesso no início dos anos 2000.

No documentário, ele se compromete a realizar uma dieta só comendo alimentos do McDonald’s! Onde estarei a inverdade aí? Acaba sendo um pouco difícil acreditar que ele realmente fez isso, já que não sabemos o que ele comia por trás das câmeras.

Um documentário bem sensacionalista que acabei assistindo meio que por obrigação, mas assim como o lanche do palhaço, não me agrada em nada. Mas tudo bem, estou aqui para falar de coisas boas, então seguem as dicas de bons documentários!

Dicas de Documentários – Cine Denadai

Provavelmente o assunto mais explorado em documentários é a natureza, mais precisamente, em animais, seja em seu habitat natural ou em cativeiro. É só ligar a tv na National Geographic e é quase certeza que estará passando um documentário nas savanas africanas e veremos algum felino! Mas não é documentário de tv que irei indicar. E falando em habitat natural de animais selvagens, esse documentário mostra um cidadão que esteve por 12 anos em um convívio selvagem com ursos pardos.

Em “O Homem Urso”, Timothy Treadwell se cansa de suas frustrações do mundo dos humanos e vai explorar o cotidiano desses incríveis animais. Timothy não era um explorador profissional e provavelmente esse seja o principal motivo de eu estar escrevendo as coisas no passado. Tomothy foi morto no décimo segundo ano de sua exploração por um urso pardo, uma máquina de matar que pode chegar aos três metros de altura e pesar facilmente mais de meia tonelada. Infelizmente nesse mesmo ano, Timothy levou uma amiga que teve o mesmo destino que ele.

“O Homem Urso” tem uma pegada meio que “Na Natureza Selvagem” um ótimo filme que também mostra o descontentamento de um jovem com o mundo que vive e acaba morrendo devida sua inexperiência. Mas é bom ressaltar que não tem músicas de Eddie Vedder em “O Homem Urso”, o que é extremamente positivo, pelo menos para mim.

Disponível em: MUBI

Ainda focando em animais, mas agora mostrando uma situação contrária de “O Homem Urso”.

Se na primeira dica temos o homem invadindo o habitat natural desses animais, em “Black Fish – Fúria Animal” temos os animais sendo introduzidos no nosso dia a dia para fins de diversão. Nesse excelente documentário, presenciamos homens caçando e aprisionando baleias orcas em recintos de parques aquáticos para entretenimento das pessoas e para o enriquecimento das pessoas por trás dessa bilionária indústria.

Apelidadas de “baleias assassinas”, as orcas são caçadoras ágeis e violentas, mas, a princípio, somente contra focas e leões marinhos, que são suas presas. Há relatos de ataques a embarcações, mas com o intuito de defesa. E vale ressaltar, estamos falando, até então, de animais em um ambiente selvagem e natural, a partir do momento que as baleias são transferidas dos mares e oceanos para piscinas, a coisa fica diferente. Os relatos de ataques mortais de baleias contra seus treinadores são raros, mas aconteceram e o documentário está aí para inocentar os animais e culpar a ganância do ser humano.

Um dos melhores documentários que eu já, com toda a certeza!

Disponível em: Shock Vídeo Café e acervo próprio.

Documentário sério é documentário polêmico. Seu objetivo é informar e mostrar realidades que muitos não querem ver o não querem assumir que viram. E se tratando de política então, o bicho pega mais ainda. E confesso que me recordei um pouco das últimas eleições nacionais aqui no Brasil ao assistir “Bobi Wine: The People’s President”, documentário indicado em sua categoria no Oscar desse ano.

Mas primeiramente vamos falar de Bobi Wine que é um cantor extremamente popular de Uganda, país africano que há décadas convive com ditadores no poder e é mais um cidadão insatisfeito com o governo de Yoweri Musevani que está no poder desde 1986. Vale lembrar que Uganda já havia sofrido com a sangrenta ditadura imposto por Idi Amin Dada de 1971 a 1979 e que um pouco dessa história pode ser vista nos ótimos filmes “O Último Rei da Escócia” e de “7 Dias em Entebbe”, esse que é dirigido pelo brasileiro José Padilha de “Tropa de Elite 1 e 2”.

Voltando para Bobi, ele aproveita de sua popularidade e se candidata à presidência nas eleições de 2021. E é aí que algumas coincidências com as nossas eleições ocorrem e a primeira que me chamou a atenção é que, mesmo não podendo se candidatar novamente à presidência, Musevani insistia em dizer que seria candidato e que “tudo seria feito conforme a constituição” algo muito parecido com “vamos jogar dentro das quatro linhas da constituição” que foi dito muitas vezes por um candidato por aqui, além de ameaças e pessoas sendo impossibilitadas de chegas até os locais de votação. Mas lá tudo foi mais acentuado. Bobi foi preso, agredido e quase perdeu a vida num desses atos de violência. Não só ele como membros de seu partido e apoiadores, inclusive, alguns foram mortos.

No fim das contas, Musevani fraudou as cédulas de papel nas eleições e continua como presidente de Uganda para mais alguns anos de ditadura.

Disponível em: Star+.

“Lixo Extraodinário” provavelmente foi o filme que mais me fez chorar até hoje. Real e cruel como um bom documentário deve ser. Indicado em sua categoria no Oscar de 2011 é dirigido por um americano, mas é passado no Brasil e é sobre o trabalho da artista plástico brasileiro Vik Muniz. O documentário relata o projeto do artista brasileiro com trabalhadores do Jardim Gamacho, um dos maiores aterros sanitários do mundo, localizado em Duque de Caxias no Rio de Janeiro.

O projeto mostra Vik Muniz fotografando os trabalhadores e depois ele reproduzindo as fotos em gigantescas esculturas usando material residual encontrado no próprio aterro. Uma realidade dura de famílias vivendo em condições miseráveis. E tudo fica ainda mais emocionante, quando depois de um tempo, Vik volta até o aterro para mostrar o resultado de seu projeto. Preparem os lencinhos e se preparem para o choque de realidade.

Disponível em: Shock Vídeo Café.

Assistir o documentário “Storm Video” foi nostágico! Os 54 minutos da obra são passados dentro de uma das últimas locadoras do Rio de Janeiro e me fizeram voltar no tempo. Boa parte desse documentário tem como foco conversas do proprietários com um antigo funcionário, relembrando os tempos que ele ainda trabalhava por lá. O principal meio de comunicação com os clientes, nessa época, era o telefone, o primeiro contato geralmente era por lá.

As indicações por telefone eram mais difíceis de serem feitas, pois o produto não estava na mão dos clientes. O bom mesmo era ter ele na locadora, pois muitas vezes ele iam até lá para pegar um filme, mas acabavam levando outro. E é pelo telefone que ocorre uma situação muito engraçada no documentário quando um cliente pergunta se já chegou o filme “Coming Soon” e o dono tenta explicar que na verdade esse não era um aviso que geralmente aparecia no final de trailers indicando que “em breve” esse filme seria lançado. Confusões com título eram muito comuns, lembro da vez que um cliente pediu o filme do 50 Vicente, mas na verdade ele queria o filme “Fique Vivo ou Morra Tentando” do rapper 50 Cent…o documentário também mostra diferentes clientes na locadora e cada um com sua particularidade e excentricidade que geravam situações engraçadas.

As mais engraçadas geralmente ocorriam em situações envolvendo filmes pornôs! Tenho algumas boas histórias para contar, mas não posso relatar por aqui, inclusive, como já falei que um dos primeiros contatos era pelo telefone, certa vez que que passar informações desses filmes para a esposa de um cliente!!

Hilário!!!!

O documentário é de 2021, sinceramente ainda não sei se essa locadora está em atividade. Espero que sim.

Obrigatório para quem viveu bons momentos em uma locadora e quer recordar um pouco.

Disponível em: Globo Play.

Passei essas indicações, mas é bom ressaltar que alguns documentários já foram citados em textos e dicas anteriores.

No texto sobre os melhores filmes que assisti em 2023, indiquei dois documentários nacionais, “Retratos Fantasmas” e “Cabra Marcado Para Morrer” e na segunda parte de dicas sobre filmes que tratam de racismo, indiquei um dos melhores filmes que vi até hoje, que é “Eu Não Sou o Seu Negro”!

Vale ressaltar que há pouco tempo vi o documentário “TUPAC – Ressuration” que nem citei aqui, mas sempre vejo e sempre gosto de coisas de Tupac Shakur.

Espero que gostem das dicas.

Boa sessão e até a próxima!!

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André Denadai

André é jauense, xvano, palmeirense e apaixonado por cinema e ele escreve periodicamente para o Jauclick.

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