Na segunda 21 de abril de 2025, um dia após a igreja católica celebrar a ressurreição de Cristo, faleceu o Papa Francisco, homem que estava a frente da igreja e era a maior referência da mesma. Sendo uma pessoa de grande importância assim, obviamente que ela já foi retratada nos cinemas, seja Papas reais ou fictícios.
Confesso que apanhei um pouco para fazer essa lista, já que dos seis filmes que citarei, dois deles eu ainda não vi e um outro eu vi já tem seus 20 e poucos anos. Mas fiz questão de falar sobre essa figura tão popular.
Começamos com uma dos que eu não assisti. Mas apesar de não ter assistido ao filme, a história ali contada é muito conhecida. Em “Agonia e Êxtase” temos o Papa Julio II preocupado em deixar um legado em seu pontificado e convida o genial Michelangelo para pintar o teto da Capela Sistina lá no Vaticano. Poucas obras são tão conhecidas com a pintura da Capela Sistina.
Quem aí nunca viu a imagem da “Criação de Adão”? Michelangelo é vivido pelo grandioso que Charlton Heston, que também já se aventurou em outros filmes com temática religiosa, já que ele interpretou nada mais nada menos que Ben-Hur, no filme homônimo que é considerado uma das maiores obras do cinema. Um pecado eu não ter visto esses dois filmes. Disponível em: Locke.
O outro que não vi é o ficcional “As Sandálias do Pescador”. Que fala sobre a ascensão de um padre recém liberto de uma prisão política por 20 anos. Chegando em Roma, é nomeado cardeal pelo Papa Pio XIII (fictício) e depois acaba sendo nomeado Papa, escolhendo o nome de Kiril, sendo assim, o primeiro Papa nascido em um país comunista.
O papado também é um cargo político e aproveitando de sua influência, Kiril começa a se envolver com um conflito entre Rússia e China. Outro filme grandioso e de elenco impecável com Anthony Quinn e Sir. Lawrence Olivier, além de contar com a atuação de Vitorio de Sica, um dos meus diretores preferidos. Preciso ver esse também!
Disponível em: Shock Vídeo Café.
“Amém” é um dos filmes que faz eu me considerar sortudo em trabalhar numa locadora no auge dos DVDs. Lançado pela Casablanca, uma distribuidora de filme que não lançou muita coisa, mas aproveitou o auge da mídia física para presentear os fãs de cinema com algumas pérolas com essa e como “Longe do Paraíso” um dos melhores filmes de 2002 com Juliane Moore e Dennis Quaid.
Voltando ao filme do Papa, “Amém” é passado durante a Segunda Guerra Mundial e mostra a relação entre os eventos bélicos e o silêncio da igreja católica que tinha como líder Papa Pio XII, muitas vezes acusado de conivência aos alemães.
Disponível em: nenhum lugar, mas será que eu vou ter que comprar esse filme, pois quero rever?
Agora vamos falar de filmes mais frescos na minha memória. Quer dizer, já assisti “Dois Papas” há alguns anos, então muita coisa pode passar desapercebida na minha memória. Mas esse filme mostra os dois últimos Papas como seres humanos. Quer dizer, o filme começa com Jorge Bergoglio ainda como cadeal e não como Papa Francisco. E o filme é sobre diálogo sobre dois religiosos com uma visão diferente dos caminhos que a igreja de e seguir.
Confesso que não sei se o filme é baseado em uma história real ou o quanto é ficcional, mas é um filme bem bacana com atores renomados como Anthony Hopkins vivendo Papa Bento XVI e Jonathan Pryce como Jorge Bergoglio. Mas o principal destaque fica na direção do brasileiro Fernando Meirelles de “Cidades de Deus. E como juntou um brasileiro, um argentino e um alemão, obviamente que a Copa de 2014 não pode passar desapercebida. Ótima pedida para conhecer um pouco mais do Papa Francisco.
Disponível em: Netflix.
É impossível não falar de Papa e não falar de um dos ritos mais secretos da igreja católica, que é o conclave, a eleição ou nomeação do novo Papa. E “Conclave” é um dos melhores filmes de 2024 e foca nesse momento de extrema expectativa e importância para a igreja e para o mundo também.
A eleição de um Papa vai dizer como muitas pessoas e nações poderão agora. Mas antes de serem Papas, cardeais, bispos ou padres, os homens que estão ali são seres humanos. E se tem uma coisa que ser humano gosta é poder! E quer mais poder do que ser o maioral de uma das maiores instituições do planeta? Pois é, o que não falta nesse filme é gente gananciosa, treta e fofoca.
Ou seja, é um ambiente de trabalho como qualquer outro. Com várias reviravoltas até o desfecho e um final que vai fazer com que muita gente vá direto ao confessionário depois de assistir ao filme. “O Conclave” tem um debate interessante sobre uma igreja mais liberal ou conservadora. E um discurso muito legal sobre dúvidas, certezas e os mistérios da religião. Polêmico!!!! Disponível em: Amazon Prime.
Mas o conclave também já foi retratado de uma forma mais simples, menos política e até engraçada. No italiano “Habemus Papam” o novo pontífice não recebe da forma esperada a nomeação. Se em “O Conclave” foca na ganância do poder, nesse outro filme o foco é o peso que o poder de ser o líder católico tem. O humor fica por conta do diretor e ator Nanni Moretti, que vive um psicólogo não religioso que é enviado ao Vaticano para conversar e entender as dúvidas do novo Papa.
Ao ficar enclausurado no local do conclave, ele tenta animar o ambiente com jogos de vôlei. Bizarro! Inclusive, Nino Moretti é um ótimo diretor, além desse “Habemus Papam”, o cara também dirigiu o excelente “Mia Madre” e o espetacular e desconcertante “O Quarto do Filho”. “Habemus Papam” só está disponível nas minhas prateleiras.
Uma figura única como o Papa é a certeza de ótimos filmes. E independente de crença vale a pena conferir as diversas histórias em que ele protagoniza.
Boa sessão e até a próxima.
