E aí, estão acompanhando a Turnê Titãs Encontro?
Após os três shows aqui na nossa capital, a repercussão tem sido maluca. Teve uma galera de Jaú que foi em peso e repercutiu demais.
A foto da imagem destacada do post é do Bruno Creste.
Já disse trocentas vezes que nunca sei qual banda eu prefiro mais entre Titãs, Paralamas e Barão Vermelho. E por coincidência de um ano pra cá, circunstâncias fizeram eu falar sobre quase todas bandas.
Fiz um post sobre o Barão Vermelho quando o Frejat veio para Jaú no Caiçara eu fiz um post sobre o Barão em Jaú:
Ai o Caiçara fez aquele Paralamas apoteótico e fizemos um post também:
Eu já estou arrependidaço de não ter ido em algum show dessa turnê dos Titãs, mas o tratamento e as circunstâncias dele limitam algumas decisões e programações.
Meu, os caras em três shows em São Paulo, colocaram o total de habitantes da nossa Jaú – 150.000 pessoas.
Escrevendo o post, vi a gravação do show de domingo. Emocionante demais.
Repertório escolhido a dedo, dando total representatividade a cada fase da banda. Cada detalhe. Projeção. Cenário. Homenagem a Fromer. Participação da filha dele. Auxilio luxuoso do Liminha – ele só foi o produtor musical do Cabeça Dinossauro, Jesus Não tem Dentes, o Go Back ao vivo, O Blesq Bloom e Como Estão Vocês.
Até a benevolência na participação de Branco Mello se apresentar com as limitações vocais em decorrência da retirada em um tumor na garganta.
Faz tempo que estou enrolando para fazer um post sobre um resumo do Titãs em Jaú.
Vamos tentar resumir os shows da banda por aqui, dos integrantes em carreiras solos e claro, algumas passagens particulares.
Divirtam-se e tem brecha para a mudança. Então podem opinar se lembrarem de algo marcante do Titãs na cidade. Pra corrigir ou incluir são dois palitos.
Titãs em Jaú
Comecei a dar umas garimpadinhas de amigos que acompanham o Titãs.
Me disseram que o primeiro show do octeto foi no primeiro disco no Aero e com muito pouca gente. O Guilherme Ortigoza me salientou, que claro falaram para ele, que houve um show do Titãs em 1983 ou 1984 no Aero para 200 pessoas.
Ai lembrando de um post sobre shows dos Anos 80 em Jaú, o Sidney Souza deu este depoimento.
“Bom dia! Foi numa noite de sábado de 1984. Eu estava com meus amigos no Bar do Zezinho, na Amaral Gurgel. Naquela época todos se reuniam na quadra da Amaral Gurgel que fica entre a Maior Prado e a Tenente Lopes. Ao lado de nossa mesa tinham uns caras todos vestidos de preto e um deles disse que tinha família em Jaú e perguntou se íamos no show no AERO. Eu fiquei quieto, pois era o mais novo da minha turma, mas meus amigos disseram que iam no AERO e então os caras de preto ofereceram ingresso. Nós aceitamos e descemos a pé pra ver o show do Metrô. Na época minha musa era a Virginie (vocalista) e o hit era Beat Acelerado.
Quando o show começou, entraram primeiro os caras de preto, cantando “Toda Cor”. Lembro que disse ao meu amigo Adilson Martins que já tinha ouvido está música no rádio… depois eles cantaram “Sonífera Ilha” e aí então todos no AERO aplaudiram, pois esta já era sucesso… mas eu não sabia quem cantava… RS… tocaram uma terceira música e depois repetiram Sonífera… em seguida veio o show principal com o Grupo Metrô que foi muito, muito bom! Lembro destes detalhes porque eu não tinha grana pra entrar e ganhei o ingresso… rs”
Então provavelmente o primeiro show seja este!
Conforme relatos, aconteceu no Ginásio Dr. Neves no ano de 1.987 mais um show do Titãs. Se é 1987 é o disco Jesus Não tem Dentes no País do Banguelas (meu deus que disco). Formação completa! Até com Arnaldo Antunes que só saiu do Titãs em 1.991, pós-disco Tudo ao Mesmo Tempo Agora.
Clique e veja o post completo com depoimento de outros shows anos 80 em Jaú.
No ano de 2.003, Megale fez no Flávio de Mello. Jauclick tem a cobertura:
Em 2.001 o Titãs tinha perdido Marcelo Fromer tragicamente. Aquela cena de todos os Titãs junto com o caixão do guitarrista é uma das imagens mais comoventes que eu já vi na música do Brasil.
A formação deste show de 2.003 foi Miklos, Brito e Branco Mello. Ainda Gavin, mas já sem Nando. Lee Marcucci, um dos maiores baixistas de rock do Brasil, compositor de Jardins da Babilônia junto com Rita Lee, estava nessa formação.
Em 2.006, Luis Caseiro fez um show do Titãs no Aero. Provavelmente a turnê do MTV Ao Vivo. Não lembro de ter ido neste!
Pelo que consta o último show do Titãs foi em Jaú no ano de 2.011 na Expo Jaú.
Nando Reis na Fazenda Frei Galvão
Lá por 1.988, fomos na Fazenda Frei Galvão visitar o Tio Zezé, irmão da Vó Carlotinha. Tio Zezé é avô do Nando Reis. Nando é primo de segundo grau da minha mãe. Seu pai, José Carlos é primo-irmão da Maria Lucia.
Fui eu, mais dois primos, o Lima (Marcelo Lima do Amaral Carvalho) e o André (André Lyra Fleury). Os dois eram primos de primeiro grau meu. Infelizmente, os dois faleceram precocentemente. André nasceu em Jaú, mas morava em Ipameri, em Goiás. Morreu em 2.004, do coração. O Lima tocava guitarra e na época era guitarrista do Dudu Galvão e Banda. Morreu no ano de 1.995, vítima de um acidente de trânsito.
Em 1.988, Marvin estava estourada nas paradas. E na fazenda estava o Nando. Tio Zezé estava todo orgulhoso mostrando Marvin no Globo de Ouro e o Nando Reis acompanhando o som em um banjo. Foi surreal!
Ledo engano, a música foi um dos primeiros hits nacionais que estourou do Titãs com o Nando Reis cantando. Ela é do Titãs de 84, mas estourou no Go Back ao vivo para todo país.
Hoje Nando Reis divide sua residência entre São Paulo e a Fazenda Frei Galvão em Jaú. Recebeu ano passado o título de Cidadão Jauense. Agora é jauense legalmente!
Kleiderman no Disco Vador
Lá por 1.992 ou 1.993, na beira da rodovia Jaú-Barra inaugurou uma casa noturna em Jaú chamado Disco Voador. Os sócios do Disco Voador eram os irmãos Laerte e Laércio Ferreira. Eles inauguraram a casa com uma banda que estava começando chamada Skank. Conhecem?
Fomos na inauguração e não tem como não citar que era um verdadeiro cu de frango (expressão usada pelo dono Laercio) o Disco Voador. Nessa inauguração tinha pouca ventilação acredito o que acarretava em pingos de agua vindo do teto era o suorrrr. Demais da conta.
Mas o Disco Voador era uma balada que proporcionava alguns shows. Rolou Raimundos no começo de carreira, dentre vários outros e a galera de Jaú.
Conversando com Rafael Giannini, nesta época ele tinha uma banda chamada The Jack. E em 1.994 eles abriram para uma banda chamada Kleiderman que nada mais era uma banda paralela de Branco Mello e Sergio Britto. Louco né!
Consultando o nosso brother Wikipédia, Kleiderman era formado pelos dois titãs e Patricia Parisi. A banda quase se chamou Richard Klayderman mas para não haver problemas autorais, mudaram.
A banda durou até 1.997 e era do Banguela Records criada por integrantes do Titãs e que era o selo do Raimundos, Maskavos, Mundro Live S.A.
Shows Nando Reis em Jaú
Como dito dois tópicos antes, Nando Reis agora é jauense e desde a pandemia vem dividindo sua residência entre São Paulo e aqui.
Ele fez vários shows solos em Jaú. Em 1.999 ou 2.000 ele realizou alguns shows na Mambo Jambo e Lolla.
Lá por 2.002, a Bocada fez um show do Nando no Jahu Clube Campo. Com banda mesmo. Não sei se já tinha o nome Infernais mas era praticamente a formação dos Infernais.
Lá eu tive a dimensão do trabalho solo do Nando Reis. Eu já tinha alguns cds mas ai fui comprando mais. E vi a potência autoral do homem fora Titãs.
Uma lembrança triste que após o show perdemos um jauense muito querido vítima de aciente de trânsito, o Marcio Monterosso Teixeira.
Me recordo de um show na Expo Jau do Nando mas não me lembro a data. Foi em um meio de semana. Entre 2.005 e 2.007.
Em 2.013, senti na pele um show do Nando Reis. Foi concorrente do General na Lotus. Nando Reis e Os Infernais. Foi no dia 25 de maio.
Tenho a data na cabeça porque tivemos que rebolar pra fazer um virar um pouco a noite. Fizemos um Toca Beatles Jahu com Patrões, Coronel Mustard, Mr Dan e Lady Jane e Marighela.
No Festival de Inverno de 2.019, Nando Reis fez um show gratuito na Estação do Som. Bombado e com a participação dos filhos.
Miklos no General
Em 2.006 pintou um Paulo Miklos no General. Era a mesma produtora que trouxe pro General o Cachorro Grande, Supla e por ai vai.
Ficamos meio ressabiados mas ai o Bill, produtor, me mostrou o set list do show. Meu Deus. Era um Tributo total de rock ´n roll. Abria com Não me Acabo que é do Barão mas composição do Paulo Miklos.
Fechamos o show e eu andava com o set list no bolso. O bis era Provas de Amor – Sonífera Ilha – Bichos Escrotos.
Miklos é a voz de Sonífera Ilha e Bichos e na época o hit Vossa Excelência. O General lotou! Um dos momentos mais emocionantes para mim nos 17 anos do General é ouvir o Miklos cantando Sonífera Ilha no seu local de trabalho. Fiquei emocionado.
Aí foram vários shows do Miklos.
Teve um que ele começou completamente lado B. Abriu com uma versão underground de É bom Para o Moral da Rita Cadillac, emendou um Nação Zumbi lado c, uma versão de Música Urbana de Legião pesada.
Lembro que tava no camarim com o Bill e olhei pra ele “Que aconteceu com ele hoje” – “Cara não sei”.
Mas o artista experiente sente a fria né. Acho que ele sacou que o show estava diferente e o homem abriu os braços do nada e mandou “Devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer..” General veio abaixo, Miklos retomou a plateia e o show foi apoteótico de novo.
Infelizmente no último show do Miklos agendado em 2009, três dias antes do show a produtora desmarcou porque pintou um show do Titãs no Nordeste. Ficamos na mão.
Mas nada é a toa. Na sexta-feira, fizemos umas promoções e pela primeira vez chamamos o Vovotinha no General. E dai pra frente, Vovotinha foi uma das grandes atrações da casa, ate o final dela em 2.017.
Sergio Britto
No dia 31 de outubro de 2.015, mais um momento marcante, show do Sergio Britto.
Britto foi convidado especial do Roks, banda liderada pelo Ivan Sader. Ivan sempre fazia shows com participações no General. Gabriel, O Pensador, Digão do Raimundos, Tico Santa Cruz e era vocalista do The Chapa´s que tinha no time Marcão Brito e Graveto do Charlie Brown Junior e Lena Papini.
Voltando ao titã, o show do Sergio Britto. A mesma emoção que tive no Sonífera Ilha com o Miklos, passei com ele no Epitáfio. Ouvir esse som no palco cantado pelo compositor e intérprete da banda foi diferente.
Antes do show, bati um papo com Sergio Britto e contei pra ele da passagem que o Miklos usou o Epitáfio, música dele, para salvar o show. Ele chorou de rir!
Kaos, Tributo Titãs, Desordem dos Patrões, Adeus Adeus e Vem ….
No começo dos anos 90, uma galera se reuniu para fazer um Titãs Cover. Provavelmente ante de 1.993.
Elcio Biazotto e Rafael Nascimbem nos vocais, Evandro Barros na guitarra, Fer Soares no contrabaixo, Cesar Perotto e Giovani Chuck Romeiro na bateria.
Depois a banda virou o Kaos, abrindo o repertório para outros covers. Dos integrantes, Elcião e Perotto foram os únicos que não fizeram um som depois. Nascimbem foi batera do Kamandukaya por vários anos. Evandrão está na ativa com o Nacional Kid e Cano Torto Blu. Fernando é baixista do Super Trunfo e Selo Brasil. Chuck é batera do Super Trunfo.
No decorrer da minha passagem no General e como produtor de eventos e de show, armávamos times e montávamos tributos. Até hoje, alías.
Montamos com o Paulo Pin o Tributo Barão 30, o Paralamas com o Beto e montamos uma jam do Titãs também.
Eu tinha uma parceria com o Beto de produção show em Sescs etc.. Fizemos, acredito que no ano de 2.012 uma programação mensal no Sesc Piracicaba. A banda Vocabulários fez o Legião Urbana. O Barão 30 de Jaú (Paulao – Beto – PC – Gigão – Edinho Vermeio) e a Jam Titãs.
No palco, Luciano Penedo e Adriano Milani do Gato Carteiro, Cesar Guarnieri do Mandrake, Diego Ferreira da Benção e Armandão Crastello ex Patrões.
E fizemos no General, uma véspera de feriado de 2.013, 30 de abril!
Citei no título o Desordem dos Patrões porque o trio gravou a música e ela iria entrar no primeiro cd Nossos Métodos. Mas com o falecimento do Fromer, houve impedimento jurídico por conta do inventário.
Diante disso, São Paulo do 365 entrou no lugar de Desordem. E São Paulo virou um hit da banda..
Já escutou essa versãozaça de Desordem dos Patrão?
Voltando um pouco, convidei Spilari para entrar no Tributo Titãs. Ele tinha saído dos Patrões e estava em um momento matrimonial um pouco conturbado. Ai liguei pra ele e disse:
“Spy, estamos montando uma homenagem ao Titãs. Queria tu no time também. Serão shows esporádicos, a tarde no Sesc, prefeitura, etc..” Ai ele vira pra mim:
“Mora, GAME OVER Mora. Game Over” . AHAHHA. Após acho que uns dois anos ele voltou para Os Patrões!
A única que eu peço que não seja Game Over dessa reunião do Titãs. Quem sabe eles continuam todo ano. É uma das maiores bandas da história da nossa vida!
É isso ai! Ai está um resumo da banda na nossa cidade! Viva o Titãs!