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5 esportes em 6 filmes

Explorando o Mundo dos Esportes no Cinema: Uma lista de filmes que vão além das Quadras, Pistas e Campos

Eu me considero uma pessoa que vê bastante tv, mas a quantidade de tempo que gasto assistindo algo não é muito diversificado.

Com exceção de “Trato Feito”, basicamente vejo filme ou esporte. Filme, geralmente é algo repetido, não vejo algo inédito na tv, pois posso querer ou ter que parar há qualquer momento, já esporte vejo quase que de tudo um pouco, seja dos mais populares como futebol, ou dos menos assistidos como beisebol. Sendo assim, resolvi fazer uma lista de filmes que tratem de diversas modalidades esportivas.

E começo com beisebol, esse esporte que curto muito, inclusive tenho um time para torcer, que para a surpresa de 0 pessoas é o Milwaukee Brewers, ou simplesmente os Cervejeiros de Milwaukee. Mas o filme não trata desse time, na verdade, o foco não é nenhum time, mas sim um jogador, quiçá, o mais importante jogador da história da modalidade. EM “42 – A História de Uma Lenda”, acompanhamos Jackie Robinson, que além de ser um excepcional jogador, quebrou barreiras raciais sendo o primeiro jogador negro da MLB (Major League Basaball, que é o maior e mais rica liga de basebol do mundo).

Estrelado pelo saudoso Chadwick Boseman, o filme mostra a saga de Jackie em ligas menores para chegar ao estrelato no Broklyn Dodgers. Para se ter noção do tamanho de Jackie no esporte, há uma momento do campeonato em que todos os jogadores de todos os times jogam com a camisa 42, seu número quando atleta. O que pode parecer ironia do destino, é que se a MLB não aceitava negros jogando até 1947 (ano de estreia de Jackie), hoje a liga é formada em sua maioria por negros e latinos.

Filmaço que não precisa entender e nem gostar de basebol.

Disponível em: Shock Video Café e HBO MAX.

O boxe provavelmente seja a modalidade esportiva com mais quantidade filmes.

A plasticidade dos movimentos dos boxeadores contribuem muito cinematograficamente, além de história de superação pessoal ou física. E ao indicar um filme de boxe, obviamente que não será “Rocky – O Lutador”, um por não haver necessidade e também por não gostar nada nada desse saga. Indico aqui “Hurricane – O Furacão”, apesar do péssimo título nacional (algo como “Furacão – O Furacão”), conferimos aqui mais uma história de racismo envolta em injustiça.

Rubin “Hurricane” Carter (Denzel Washington), era favorito para se candidatar ao título mundial dos pesos pesados, mas foi preso injustamente em 1966. Acusado de homicídio e depois condenado à prisão perpétua, foram 15 anos para provar sua inocência e sair da cadeia.

Hurricane estava longe de ser um santo, enviado para um reformatório aos 11 anos por agredir um branco e preso no começo dos anos 1960 por assalto, ele encontrou no boxe a válvula de escape para se integrar novamente a sociedade. O esporte tem esse poder. Além de ver o filme, vale a pena ouvir a música “Hurricane” de Bob Dylan, também baseada na injustiça prisão de Carter.

Disponível em: acervo próprio e Star+.

Confesso que não vou entrar na discussão se automobilismo é um esporte ou não, lembrando que hoje em dia, até jogar vídeo game é considerado um esporte, mas é evidente que um piloto de Fórmula 1 tenha que estar no auge da sua forma física, além das rápidas tomadas de decisão e do psicológico em dia para suportar horas dentro de um carro.

Sendo assim, Fórmula 1 é um esporte, se antigamente era mais difícil dirigir do que hoje em dia, também vale lembrar que hoje a tecnologia ajuda a praticar qualquer tipo de modalidade esportiva.

E falando em antigamente, “Rush – No Limite da Emoção” passa na década de 1970 e marca a rivalidade de dois pilotos opostos. Se o austríaco Niki Lauda é meticuloso e comprometido, o inglês James Hunt é tão brilhante quanto, mas mais despojado e fanfarrão. Tecnicamente perfeito, o filme traz muita emoção durante a projeção, já que se trata de uma época um pouco nebulosa para esse esporte, devida a grande quantidade de acidentes e mortes.

Mas o foco fica nos dois acima citado, não só na rivalidade, mas no respeito entre eles, algo muito presente em qualquer modalidade esportiva.

Disponível em: Shock Video Café e acervo próprio.

A modalidade esportiva a seguir pode não ser das mais populares no Brasil, mas o filme caiu nas graças dos frequentadores de locadoras em meados de 2010.

“Invictus” fala sobre a Copa do Mundo de Rúgbi disputada na África do Sul em 1995 e tem seu protagonismo não em um atleta, mas em Nelson Mandela (que não poderia ser interpretado por outra pessoa que não Morgan Freeman), político e ativista social.

Mandela foi presidente (1994-1999) de uma nação que sofria pela segregação racial (Apartheid). E essa segregação era facilmente percebida dentro de campo, já que não era bem visto um negro praticando rúgby, esporte tipicamente praticado pela aristocracia branca do país. Mas como já vimos nesse texto, o esporte tem o poder da inclusão e Mandela junto ao capitão da seleção sul africana, mostram que a união, que mesmo que sendo no esporte, é o início da unificação de um povo que sofreu por anos.

Um filme muito cativante e mais uma vez, não precisa entender da modalidade para curtir a obra, basta respeitar o próximo, já que é sobre isso que o filme trata.

Disponível em: Shock Video Café, acervo próprio e HBOMAX.

Bem, não seria justo falar sobre esportes no cinema e não relacionar algo sobre futebol.

E se vamos falar sobre futebol, obviamente que a indicação será de um filme brasileiro, já que respiramos futebol. Mas não é o caso, a próxima indicação vem de um país que alguns podem até não conhecer. O filme “A Copa” de 1999 é o primeiro filme feito no Butão!! Isso, não é futebol do botão, é Butão, um país asiático repletos de templos budistas. E é num desses templos que a história é passada, mas durante um período que os brasileiros que curtem, ou curtiam a seleção, preferem esquecer.

O filme é passado durante a Copa de 1998 na França e acompanha dois jovens recém chegados em um mosteiro que são contagiados por um garoto fã de futebol que é capaz de quebrar até as mais rígidas regras do local para acompanhar seu esporte preferido.

Um filme extremamente simpático, com alguns erros que podem ser ignorados, devida a inexperiência de seus idealizadores.

Disponível em: MUBI.

Obviamente que não poderia faltar um filme brasileiro sobre o assunto. Temos “Boleiros 1 e 2” e “O Casamento de Romeu e Julieta” que poderiam estar sendo indicados aqui, mas vou com um bom filme que assisti ano passado.

Trata-se de “45 do Segundo Tempo” estrelado pelo são-paulino Toni Ramos num personagem fanático pelo Palmeiras (sim, todos querem ser Palmeirense, já que, em “Casamento de Romeu e Julieta” o também são-paulino Luiz Gustavo faz papel de um palmeirense fanático).

O filme toca em assuntos pesados como morte e religião, mas consegue introduzir humor e sensibilidade ao abordá-los. Mas também fala muito de amizade e autoconhecimento. O filme ressalta que o futebol pode ser uma válvula de escape dos problemas do cotidiano, e não só o futebol, mas podemos nos sentir acolhidos e protegidos por outras coisas e situações não materiais nos trazendo um pouco de conforto e paz interior.

Disponível em Shock Video Café e GloboPlay.

Espero que gostem dessas indicações. E lembrem-se, vejam filmes e pratiquem esportes!

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André Denadai

André Denadai

André é jauense, xvano, palmeirense e apaixonado por cinema e ele escreve periodicamente para o Jauclick.

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